sexta-feira, dezembro 02, 2011

Da arte de conviver ou já posso casar?

Algumas coisas não tem explicações lógicas, eu acho, qual a probabilidade de uma criança nascer em determinada família e não em outra família?
Em condições normais um homem produz mais de 100 milhões de espermatozóides em cada ejaculação, mais  7.002.462.634 habitantes no planeta e mais 192 países reconhecidos pela ONU. Qual a possibilidade de um homem conhecer uma mulher fértil para despejar sua sementinha? Inúmeras, não é? O que dificulta explicar porque nascemos, onde nascemos e nas condições que nascemos...
Mas deixemos números para lá, não sou tão bom com eles. Possibilidades de lado, em situações comuns você tem um papai e uma mamãe e alguns tem também irmãozinhos. 
Vamos ao que interessa: você nasce em uma casa com  quatro gerações diferentes, isso mesmo: quatro gerações.
Um pai que nasceu na década de 1930, uma mãe que nasceu na década de 1950, 2 filhos que nasceram na década de 1980 e um que nasceu na década de 1990. Parece até uma coisa fantasiosa. Isto é fabuloso, mas é real.
Você cresce e precisa sair de casa, pois a cidade que nasceu já ofereceu tudo que tinha no quesito educação, mas sua família não tem estrutura e vai para casa de amigos da família.
Depois você vai morar com amigas. Depois você mora com irmão, primos e agregados.
Não tem exercício de paciência e tolerância maior que este.
Da arte de conviver com egos e individualidades.
Se eu não conseguir dividir minha vida com uma pessoa seria incompetência da minha parte.
Já posso casar?

segunda-feira, novembro 21, 2011

sem título

Quando não nascemos em berço de ouro, forramos a cama que queremos deitar

domingo, novembro 20, 2011

Com música é mais raro

Eu estava atônito. Na porta do apartamento ouvia um som de violino, na minha ignorância não consigo identificar a canção, envolvo-me por um instante pela melodia e fecho os olhos. Ele me esperava, estava tocando propositalmente? - penso. 
Decido tocar a campainha.A música continua. Ouço uma voz grave: "Entre, a porta não está trancada."
Entro, ele não está na sala. Observo o apartamento, na sala apenas uma mesa redonda de plástico e um tapete, passo a mão para ver se tem poeira. Da sala pequena consigo ver a varanda: uma palmeira, e um jarro com orquídeas adormecidas.
Paro, espero ele aparecer. Nada! O música se torna agressiva. Temo. Ele estaria furioso? - questiono-me.
Mais uma vez ele sinaliza: "Pode vir, estou no quarto".
Neste instante meu coração dispara, mãos suam, cerro os lábios. Vou ao encontro dele.
A porta do quarto estava entreaberta, vejo um homem de costas, e uma contradição entre sua vestimenta e seu instrumento musical. Ele veste uma regata azul e um calção de futebol branco. Continua tocando enquanto vira para mim.
Olhos nos olhos ficamos estáticos, a agressividade da música acompanhada do olhar fixo revelam os desejos.
Ele solta o violino na cama. Enquanto eu observo uma macha roxa em seu pescoço e questiono: " O que foi isso?"
Acariciando ele responde: " Isto é calo de músico" e completa: "Vem cá, chega mais perto..."
E, com a mesma violência que tocava o violino, sou beijado.




segunda-feira, outubro 17, 2011

Sobre os (sites) relacionamentos

Na era digital nos deparamos com coisas curiosas. Amizades, namoros  e até casamentos começam em sites de relacionamentos. A praticidade de conversar com 1.000 supostos amigos toma o lugar da velha pracinha... Ah! Você está pensando: Quanto saudosismo!
Sempre fui usuário das redes sociais, se não tenho todas, tenho a maioria. E nunca tive problema algum ao usá-las, ao menos não tinha, corrijo.
O teórico da comunicação, Juan Díaz Bordenave, em seu livro Além dos Meios e Mensagens explica a interferência de ruídos no processo comunicacional. Para ele, o ruído interferirá, na mensagem final, haverá distorção, e o receptor não absorverá na integra o que o emissor quis dizer.
Na internet, como a linguagem usada é, majoritariamente, a escrita; supõe-se a ausência destes ruídos. Tendo em vista que, apesar do internetês, do uso de gírias, abreviações, consegue-se entender a mensagem final. Mas a ausência da voz, do olhar, das expressões sejam elas físicas ou faciais, também interferem no processo de envio e recepção de enunciados.
Um recurso muito utilizado é a caixa alta para enfatizar, chamar atenção, como se isso substituísse a elevação da voz, diga-se de passagem: quem conhece os programas de conversas instantâneas utiliza esse recurso.
Mas, isso pode e é mal interpretado. 
No Facebook, por exemplo, é comum você soltar frases soltas, trechos de livros que leu, (OU NÃO), citar autores famosos, outros até mesmo se popularizaram nos murais do FB, como é o caso de Caio Fernando de Abreu, pode parecer falta de gosto, ou de erudição da minha parte, mas não conhecia nada dele antes de ver atualizações de algumas pessoas. Inclusive quem o cita, se tiver um livro,para que eu conheça também, agradecerei.
 Não  julgo pessoas pelo gosto literário,eu tenho os meus preferidos e também aprendo a gostar de outros. Todavia se você me disser que se excitou ao ler "O caderno rosa de Lori Lamby" de Hilda Hilst", mudarei um pouco meu conceito sobre você.
Dedico aproximadamente dez minutos do meu dia para ler Fernando Pessoa, gosto da escrita dele, da forma como percebe o ser humano, geralmente compartilho o que leio, não para simular erudição ou coisa do tipo, mas porque acredito que valha à pena. Porém, ao citá-lo, a mensagem direciona-se a outrem como se fosse intencional, e me deparo com determinadas atualizações cheias de eufemismos e autores famosos como uma resposta ao que cito.
Sinceramente, ao ler estas atualizações, sinto-me como se estivesse escrevendo em uma das colunas  de opinião dos jornais locais; os quais são utilizados para embates ideológicos.
A visão de construção de amizades e/ou relacionamentos propostos pelas redes sociais são questionados.
No caso exposto, há uma desconstrução. E entrar em detalhes cabe uma base antropológica e no momento, não tenho.

sábado, outubro 15, 2011

Explique-se

Quem questiona, e se questiona, consegue se explicar...

sexta-feira, setembro 23, 2011

Sobre a PrimaVera

Na infância quando ouvia falar da primavera, achava que era alguém, uma prima distante que tinha passado nove meses fora e visitaria parentes. Passei anos acreditando nisso.
A única coisa que na minha inocência infantil sabia  e percebia eram as flores trazidas por ela. Desta maneira, passei alguns anos associando  com a Prima Vera, sempre quis conhecê-la.
Passava os três meses da sua temporada  procurando-a, mas a única coisa que encontrava eram os rastros da sua estação: flores, aromas e amores.
Ela nos despede do inverno e nos  prepara para o verão!
Entre as tempestades e as flores, eu prefiro os amores...

sexta-feira, maio 13, 2011

Hoje sei

Na busca por Paz
um coração aflito
não sabe o que faz
Na busca por mim
encontrei-me em ti.
Nos desertos por onde andei
apenas em teus braços me lancei.
E o vazio que habitava aqui, com teu amor preenchi.
A Paz que agora repousa em mim,
herdei de ti.
Não sei onde errei,
mas muitas coisas aprendi.
Entre elas, hoje eu sei, oh Jesus, que só tu és Rei.


07/05/2011 04:37 AM

sexta-feira, abril 08, 2011

...

Existem dois tipos de órfãos:
os de pais vivos e os de pais mortos.