sexta-feira, dezembro 18, 2009

EU sinto medo do desconhecido...
Eu não sei porque eu penso tanta besteira a respeito do futuro.
O ócio não me faz bem. A falta do que fazer tem tomado minha paciência.
Fico a pensar o que será da minha vida!?
Ow céus... dá-me paciência!

quinta-feira, novembro 05, 2009

Oração

Mãe querida, esposa do Altíssimo, a vós eu me consagro.
Entrego todo meu ser.
O que sou e o que serei.
Faz de mim a tua vontade.
Assim na Terra como no céu.
Amém

terça-feira, outubro 20, 2009

ne me quitte pas

Não, não me deixe..., é o que diz a canção.
Mas até onde é possível implorar por esse pedido? Engraçado como as pessoas depositam a possibilidade de sua felicidade em outras coisas que não elas próprias.
Alguém já escreveu que amar é estar preso por vontade, e o que fazer quando essa prisão espontânea quer ser livre?
É nessa hora que o 'bicho pega'.
Amar com desapego é a chave para que qualquer relacionamento dê certo, independente do laço de afeto que exista.
O ser humano precisa aprender que tudo tem um tempo de validade.
Tudo dura um tempo determinado. A própria natureza nos leva a agir de tal forma: temos um ano, 12 meses, uma semana, 24 horas, enfim, estamos inseridos num ciclo contínuo de começo, fim e recomeço. Mas para as criaturas humanas entenderem isso leva tempo, alguns nem conseguem, nada que um bom terapeuta não resolva.
A Bíblia diz que o amor é sofredor, mas na minha visão de crédulo acredito que o sofrimento é opcional.
Claro que perdas doem, mas se martirizar é outra história.
Sobre estar preso por vontade, prefiro a liberdade!

domingo, outubro 18, 2009

Sobre os relacionamentos

"...todos caminhos trilham para a gente se ver, todas as trilhas caminham pra gente se achar, viu?..."

O trecho acima é de uma música de Maria Gadú, uma new face na mpb.
Ouvindo essa música fiquei pensando no fato de todo ser humano sentir a necessidade de se relacionar afetivamente com outro alguém.
Uma pena que as pessoas esquecem que o alicerce maior deve ser solidificado no ser individual, para que o ser casal seja forte o suficiente para a construção de uma coisa maior que se chama família.
Deve ser ótimo você dividir alegria e tristezas. Disso eu não tenho experiência.
Sobre caminhos a serem cruzados, o meu ainda é uma reta.

sábado, outubro 10, 2009

Monólogo de um travesti mulher

Oi, gente. Meu nome é Capitu. Querem saber o porquê do meu nome? Então, mesmo que vocês não queiram saber eu vou contar: quando eu tinha 15 anos eu adorava as aulas de literatura, detalhe: o professor era um bofe luxo, adoro professores de literatura, tem algum professor de literatura aqui?

Se tiver me avise que estou precisando de um marido. Já prometi pra mim que só caso com professor de literatura. Os letrados são tudo que há e mais um pouco, os homens das letras são sensíveis, é um desses que quero pra mim.

Ninguém venha com estupidez pra cima de mim que eu nao gosto. Homem que é homem tem de saber tratar um ser feminino. Refiro-me a ser feminino, porque por desastre da natureza não nasci com o sexo. Aliás, só na cabeça...

Foi muito dificil pra mim tomar essa decisão.

Minha mãe me criou como menina, ela já sabia que teria uma filho. Isso mesmo sou uma, mas pra minha mãe continuo filho.

Olha, vou parar de falar por aqui, que meu autor ta começando a ficar com preguiça...

Depois falo mais no capítulo seguinte...

terça-feira, outubro 06, 2009

Sobre o tédio

Aff. casa de pai e mãe é bom...
mas sentir saudade eh melhor.
to enjuadinho de tudo...

domingo, outubro 04, 2009

Aniversário do seu João (vulgo João de Candjo)

Hoje é um dia muito especial.
É o niver de papai.
70 anos!
Nossa! Dera eu poder chegar lá...
mas enfim, hoje to feliz. ele prometeu passar um ano sem beber...
fico feliz com isso.
finalmente consegui conscientizá-lo da juventunde dele.


P.S. ouvindo roupa nova.
P.S.² Velho é quem bebe pra sonhar que é Jovem. e quem eh jovem pra sonhar que eh velho.
P.S³ Adoro o perigo!!!

sábado, outubro 03, 2009

Samba de coco

Hoje fui a praia com as veias do samba de coco...
Cansei de tanto dançar e elas me deixaram de queixo caído!
Hoje descobri que velho é quem quer dançar e não sabe...
Sou voluntário das velhinhas do samba de coco

quinta-feira, outubro 01, 2009

Hoje acordei feliz

Hoje vou rever a cidade onde nasci, que por coincidência do destino é o nome da rua onde moro.
Rua Propriá, na cidade de Japoatã em sergipe...
Vou à caixa econômica federal rever meu padrinho de batismo Apolônio , meu pai quem escolheu ele pra ser meu padrinho, nao entendia porque...
Nao gostava dele, mas hoje tenho a certeza que foi com amor que papai o chamou pra ser meu padrinho, foi a escolha dele pra mim. A minha escolha eu fiz 15 anos depois. Quando renovei meus votos com a igreja católica quando escolhi meu Dindo rubinho.


P.S. Ontem fui a uma igreja pentecostal, muito bom velho. Umas veinhas fogosa da gota...
Uma benção o culto de ontem...

terça-feira, setembro 29, 2009

Japoatã, 29 de setembro de 2009.

Olá, pessoa!
Estava com saudades de você. Como tem passado? Eu estou bem, estou em Japoatã, uma cidade linda do interior sergipano. Morar na cidade do tesouro perdido tem me feito bem. Hoje mesmo fui ao centro cultural. Temos feito lanches todas as tardes lá. Bem divertido sair com minhas primas e meus priminhos gêmeos: André e Valéria.
Hoje conversei com tia Clédia, falamos de Deus e fiz a ela a pergunta que mudou minha vida: O que fazer pra uma gota d'água não secar?
É isso, amigo. Meu dia se resumiu a isso hoje.

P.s. A vida é uma lenda.

segunda-feira, setembro 28, 2009

...

"Mas o vento também maltrata as flores." Saadi.

Hoje li um conto de uma rata que se apaixona por um gato.
Nem preciso contar o final, né?
Assim são as leis ditadas pelo desejo.
Mas como diz a frase do mesmo conto, mas o vento também maltrata as flores.
Bela simbologia, a escolhida pelo autor, ao se tratar de coisas distintas, mas com o mesmo grau de sutileza.
O vento um dos maiores símbolos da liberdade maltrata as flores, símbolo da beleza.
Flor que é flor, é bela até quando é despetalada.
A beleza da tragédia está em ver o belo se desfazer.


P.S. Lendo os 100 melhores contos de humor da literatura universal

Sobre encontros e despedidas

Quando você partiu/chegou
uma lágrima, em minha face, se fez notar.
Só com você descobri o que era o amor.
Mesmo sem saber amar, com a alma te amei.
E a ti, por inteiro me entreguei...
Mesmo que houvesse a possibilidade da dor no final de tudo.
Faria da mesma forma.
A ti me entregaria quantas vezes fossem necessárias.

Sobre a sorte dos artistas

A sorte do ator é o fingir dor,
a sorte do poeta é viver dor.
A sorte de ambos é o amor.
Entre sentir e fingir?
Minhas novas escolhas me levam a
não mentir.
Então, com amor, o poenta sente a dor
enquanto o atora interpreta.
E entre ser ator e poeta
escolho ser humano e poeta.

domingo, setembro 27, 2009

Resposta à pessoa querida

SOBRE O POEMA: quando comparo vc a virgem de nazaré, não comparo na semelhança de sentimentos.

nos também o temos, mas nossa condição humana é bem maior que a santidade dos puros...

quando comparo a santa clara comparo a relação em relação a amizade que eles tinham...

assim como a nossa, pueril.

sem maldades, sem interesses,

simplesmente gostamos um do outro.

uma vez você me disse que eu conseguia emocionar, eu emociono porque eu não tenho medo de falar minhas verdades...

Quanto ao tratamento, graças a divina luz estou bem recuperado.

A recuperação tem sido a passos largos...

tive uma recaída, mas o mover de Deus era tanto que não tava nem conseguindo dormir.

Lembra da paz inquieta dos poetas? acho que minha veia artística tem sido aflorada.

Enfim, como diz o Padre Fábio Benção de Melo: " eu gosto de falar de vida".

EU falo da minha para que eu possa emocionar.

tudo que penso, que falo, que escrevo. falo de mim, sem medo de ser crucificado.

Nós fomos libertos na cruz, um já foi crucificado.

quanto as virtudes, todos nos a temos.

uns conseguem prevalecê-las em relação aos vícios.

Talvez meu estado cristico de pureza tenha começado a nascer.

com tudo que aconteceu,posso resumir em uma unica palavra: PURIFICAÇÃO

Carta de uma pessoa querida

Olá Zé! fiquei mt emocionada como o belo texto, na verdade não tenho nem palavras..... Diante do que vc escreve as vezes eu escolho ficar calada, pois é algo que extrapola o senso de munha compreensão. No entanto, nem nos meus mais pretensiosos pensamentos eu ousaria me assemelhar a Clara de Assis, tampouco a Virgem de Nazaré. Sou só eu, com minha condição precária e limitada, meus temores, ora problemas, ora defeitos, ora virtudes; São todos os indivíduos com sua condição humana, se esmerando por ser pessoa.

Um abraço, estou torcendo por vc!


Catarina.

Sobre ser pai e ser mãe

Foto: Rodrigo Soares
Ser pai, ser mãe, educar.
Acho que a missão mais díficil e mais sublime ao mesmo tempo.
Deve ser única a sensação de você ver algo creser dentro do seu ventre.
A estrada é árdua, mas os frutos são duradouros.
Como dizia o poeta, ser PAIS é padecer no paraíso.

sábado, setembro 26, 2009

Sobre a Tríade

Divina Mãe, divino Pai, divino Filho.
Divina Trindade.
Divina Família, faz de mim um instrumento para o cumprimento dos propósitos celestiais.
Que eu seja um pacificador de Guerras.
Que eu leve luz onde houver trevas, assim como São Francisco de Assis.
A paz que habita em mim será a força motriz para que os propósitos celestiais sejam cumpridos na Terra.
Deus, infinita sabedoria, infinita bondade, faz com que as palavras que eu ouse usar sejam todas a favor do bem comum.
Que teu Espírito Santo cubra-me de armaduras, revista-me de força e poder para o combate do mal.
Divina luz, guarda-me, rege-me e proteja-me contra o mal.
Amém.

Japoatã, 08 de setembro de 2009.


P.S.
Obrigado, Pai querido, pelas bençãos alcançadas. Pela glória vivenciada, pelo Cristo em mim...
Dá-me luz, serenidade para que eu não saia do trilho.
enfim, obrigado pelo tudo e pelo nada, Pai Amado.

Sobre a paz

A paz dos homens é amena.
A paz de Deus é inquieta.
Desta forma é a paz do
artista, do autista e do poeta.

A paz que habita em mim
é a paz que habita em ti,
a paz que habita em nós
é a paz que move.

A paz que move aqui,
é a mesma paz que move aí...
Assim, nós, em paz; movemos o mundo.
através da paz de Deus movemos o Homem.


Japoatã, 07 de setembro de 2009.

A minh'alma canta o amor

Divina luz, faze-me melhor
A ponta mínima do que não é tão bom em mim faz apagar.
Dá-me força para continuar...
Coragem para lutar.
Sabedoria para saber a hora de parar.
Amor para multiplicar o que há de bom na humanidade.
Evita em mim, em nós, os vícios,
as paixões do corpo e do espírito também.
Divino mestre, faz de mim um meio para propagar o amor que habita em ti.
Que os dias que estão por vir, sejam iluminados com a luz do vosso coração.

Amém.
Japoatã, 07 de setembro de 2009.

sexta-feira, setembro 25, 2009

Amizade

Eu quero apenas levar meu canto (BIS)

Assim como Francisco tinha uma amiga de nome Clara,
zeh tem uma de nome Catarina.
Uma moça linda, de olhos obliquos iguais ao de Capitu e cabelos compridos feito a virgem.
A personificação da beleza feminina.
Uma mistura de mulher e menina.
Olhar doce, voz suave, és a doce Catarina.

quinta-feira, setembro 24, 2009

Um terço da fé

Tenho acordado todos os dias bem cedinho, por volta das cinco horas.
Logo hoje que tinha um evento importantíssimo perdi a hora: acordei às seis, mas mesmo assim não deixei de cumprir minha palavra. Tinha marcado com dona Carmelina (uma senhora que reza o terço todas as manhãs.
Perdi a hora, mas cumpri o compromisso.
Sabe o que dona Carmé me disse? Você perdeu a hora, a mãe do céu diz assim: "Perdeu a hora mas não deixou de vir..."
e assim eu fiz: rezei um Pai Nosso e agradeci o dia de hoje!

quarta-feira, setembro 23, 2009

Sobre cantar

Experimentei pela primeira vez cantar em público.
Estava eu na missa de 10 anos de falecimento do avô de uma amiga. Na hora do ofertótio da missa pedi a Ellyn pra cantar uma música com ela..
a sensação de soltar a voz com os olhos fechados é incrível...
é como se nossa realidade fosse convertida em arte.
Gostei muito, e cantar pra Deus, então...

CAPS - Japoatã - Sergipe

Nada acontece consoco por mero acaso.
Com meu probleminha, aprendi que meus problemas são mínimos se comparado aos de outras pessoas, ontem na oficina com a terapeuta ocupacional andei conversando com algumas usuárias do CAPS.
Conversando duas delas achei muito enriquecedora a troca de experiências de vida. Hoje só tenho a agradecer a Deus, ao Universo, a meus familiares pela estrutura mental que graças ao Pai eu tenho.
As meninas tem história de vida diferentes, mas ambas se cruzam num detalhe: problemas mentais.
Hoje começo a entender, vendo de perto, o que é a psiquiatria, o que é a psicologia.
Uma delas perdeu o filho num acidente: duas crianças brincavam com uma espingarda carregada, o fatal aconteceu: o filho dessa senhora de nome Valdice, faleceu. Depois disso a vida dela jamais voltou ao normal: usa das drogas, as mais fortes para controlar o nervosismo, uma coisa que ela me disse que achei interessante é que apesar de a chamarem de "doida, caduca", ela me disse que tinha em seu coração um paz mais que muita gente.
Ouvindo isso lembrei de uma conversa que tive com minha amiga Catarina, na qual falávamos que a paz de Deus é uma paz inquieta.
Outra menina de Neopólis de nome Aparecida, mas conhecida como "Cidinha doida" disse que queria morrer por causa da família dela.
Preocupada com as bases familiar: problemas com álcool, segundo as palavras dela: " eu ja vi muita miséria em casa. Tem como válvula de escape: sair pelas ruas de sua cidade com um bolsa a tira-colo sendo taxada de doida.
Cada um sabe do seu teto.

Tenho crescido muito com isso tudo. Acredito que a maturidade psicológica e espiritual tem chegado com grande força.

P.s. to saindo pra dar uma oficina de artes em uma escola pública...

terça-feira, setembro 22, 2009

(...)

Hoje conversei com uma das minhas professoras da infância.
Fico impressionado com o relacionamento que tenho com elas. Fui do tipo de aluno que dava a maçã na hora do recreio.
O papo foi um tanto interessante...
tenho crescido bastante esses dias.
O voluntariado esses dias tem me feito bem tanto como pessoa como para o tratamento.
tenho descoberto talentos que não sabia que tinha...

Olhar digital





"O hábito faz o monge como também faz a freira."

segunda-feira, setembro 21, 2009

Senhora liberdade abre as asas sobre mim (8)


Foto: Rodrigo Soares
A doçura de ser pessoa humana tem se tornado cada vez melhor. Viajar por entre as montanhas e respirar ar puro é uma das melhores experiências que qualquer ser humano pode desfrutar.
Ser pessoa humana buscando o divino, e não ser divino buscando o humano, ou então os dois: Somos todos um, diz o título de um cd do Jorge Vercilo.
Seres humanos buscam o sagrado e o profano, cabe a cada um equilibrar essa dicotomia.
A vida é feita de escolhas que nem sempre temos certeza do resultado positivo, mas a partir do momento que você tem a primeira atitude positiva isso já se torna válido de alguma forma para a mudança de hábitos maiores.
Faz como eu faço: FAÇA XIXI NO BANHO, assim o planeta agradece e a mãe divina terra também.
Não há colheita de frutos sem plantação de sementes.

Fiquem na paz de Deus.

P.S.: A viagem foi ÓTIMA!

domingo, setembro 20, 2009

20.09.2009

Hoje é o dia que mais esperei em todo esse tempo que estou sem fazer nada..
vou conhecer uma fazenda que cuida de pessoas com problemas com vícios.
quando voltar a noite eu posto os detalhes da viagem.

sábado, setembro 19, 2009

Sobre a Primavera

Quando eu era pequenino, do tamanho de um feijão.
Guardava papai no bolso e mamãe no coração.
Calma, não é sobre familias reais que quero falar, quero dizer que quando eu era pequenino do tamanhdo de um feijão achava que a primavera era prima do verão.
Agora que grande estou, sei que a primavera é a época das flores.
Particularmente a minha melhor estação.
Parece que desabrocho e exalo perfume feito rosas...
enfim,
que venha a primavera, e com ela muitas flores.

AMO todos vocês...
p.s.:
com saudades de sabrina siqueira, adriano alfredo, catarina rocha barboza, rubens izidoro, acácia silveira costa, marcelo henrique...
e de mais algumas pessoas que não estão tão perto fisicamente, mas que se matém unido a mim por esses laços de afeto e compreensão.

sexta-feira, setembro 18, 2009

HOJE

Hoje sai de casa, coloquei uns óculos escuros...
pra nao enxergar claro demais...
mas parece que foi pior..
todos repararam em mim...
e o que eu fiz?
DEI BOM DIA, a quem me sorriu!!!
rs
sorri com os olhos...
teve ate quem me pediu abraço!

quarta-feira, setembro 16, 2009

NOME DE UM JOVEM VELHO...

UMA VEZ EU OUVI UMA MÚSICA
DE UM PAI QUE ESPEROU SEU FILHO CRESCER
E DEIXOU SEU FILHO ESCOLHER O PRÓPRIO NOME:
A MUSIQUINHA DIZ ASSIM: ZEZINHO SIM, ZEZINHO SIM...

EU CRESCI CHATEADO, PORQUE TINHAM FEITO PIADA PIADA DO MEU NOME.

UMA VEZ ME PERGUNTARAM: POR QUE SEU NOME É JOSÉ RIVALDO?
EU EXPLIQUEI QUE EU NASCI LAÇADO.
QUANDO DISSE ISSO A UM AMIGO
ELE ME RESPONDEU QUE ALGUMAS PESSOAS TINHAM DE NASCER...
E COMPLEMENTOU E O RIVALDO?
EU DISSE QUE ERA O NOME DE UM VEIO BARRIGUDO.
ELE SORRIO E PERGUNTOU QUEM ERA ESSE VEIO BARRIGUDO.
EU DISSE QUE ERA MEU VOVÔ.
E COMPLEMENTEI: EU TENHO RESPOSTA PRA TUDO.
PORQUE NA VIDA EU APRENDI A CONTAR MINHA HISTÓRIA...
SMILES

9...0

Hoje eu dei uma festa...
levei b olo com suco pra pessoas que precisavam compartilhar minha alegria...
rsrs

Hoje

Hoje dei bom dia...
hoje acordei feliz,
dei bom dia pra vida,
pra minha mae,
pra meu pai,
pras minhas vizinhas.
Pras minhas tias/primas
e descobri uma coisa.
eu sempre fui feliz...
Apenas não sabia que eu era...
Amo todos que entram em minha vida
No minimo aprendo algo com eles.
Nem que seja me valorizar mais...
Bom dia coleguinha como vai?!?!?!
(sorrisos)

terça-feira, setembro 15, 2009

sábado, setembro 12, 2009

eu canto minha vida com orgulho

...
EU canto minha VIDA com orgulho...
como disse o grande poeta
o brother Charlie Brow Jr...
eu amo e respeito minha familia
a santissima trindade...

sexta-feira, setembro 11, 2009

(...)

Quanta honra,
quanta alegria,
viver o hoje
que é o melhor dia.

Quanta honra,
quanta alegria.
viver a paz
Presente em cada dia.

Quanta honra,
quanta alegria
viver de paz, amor e hamornia.

Japoatã, 07 de setembro de 2009.

Sobre andar com os pés no chão...

Tenho a leve sensação de readaptação à vida.
As sensações fisicas parecem cada vez mais aguçadas. O paladar, o olfato andam alinhados de uma forma como nunca estiveram..
Tenho confundindo algumas sensações, não sei se sinto fome ou se sinto sede...
No mais, tirando a impaciência para o exercício de algumas atividades, está tudo bem...
A sensação de melhora é constante, a agonia inicial do tratamento ja passou, a insonia, esta é traiçoeira, também já passou...
Ando ENTUSIASMADO, cheio de DEUS e de vida no sentido literal da FRASE.
EU SOU LIVRE.

Sobre os complexos e a complexidade

A complexidade de ser pessoa humana é imensa.
E minha pobre cabecinha quase não aguenta. Mas tenho aprendido muito com tudo que passa: eu cresci, estou crescendo e quero crescer ainda mais.
Mas o crescimento do qual eu falo não é ser grande. Há uma diferença abissal entre ser grande e ser gente. Eu preferiro um pequenino que se ache à um grande que nunca se encontra.
A felicidade, esta que você busca, está na doçura do pequeninos: experimente olhar crianças brincando, elas sabem as coisas que lhe pertencem, mas nem por isso deixam de emprestar aos seus próximos.
Crescer e ser adulto está proporcionalmente ligado ao crescimento do egoísmo e do egocentrismo.
Impressionante como no mundo moderno as pessoas não têm tempo de dar bom dia ao porteiro do prédio, mas têm suficiente para olhar e ler notícias de famosos.
Outra coisa que me impressiona também é o número de doutrinas que têm surgido nos ultimos anos, templos têm crescido. " Fiéis" tem aumentado.
Todos curvam-se ao divino que está nos céus, mas poucos curvam-se ao divino que habita o coração de cada um.
A riqueza da qual a humanidade precisa, é riqueza de amor.
Viver de amor... e de barriga cheia também.
Um amor nos basta!!!
Pelo menos a mim, satisfaz...
Já Pensou nisso?

sobre o exercício da escrita

Escrever é semelhante cultivar rosas.
Nos temos a crise que machucam, que seriam os espinhos.
e temos a rosa. Que é a mais sutil obra de arte do jardim do édem, a flor da sabedoria.

Sobre a compreensão

Compreender-se é um negócio um tanto engraçado, passamos a vida inteira juntando riquezas materiais e esquecemos do amor divino.
De que me adianta pedras preciosas? se não se tem amor?! Hein?...
A vida é uma poesia escrita em prosa. feita em linhas certas, e nós mortais achamos que é escrita em linhas tortas.
Talvez, essa é a PALAVRA do momento, talvez se eu tivesse sorrido mais, e tirasse mais tempo para ver o despertar da aurora, ver o cair de um novo dia por entre as montanhas de um lugar perdido enre o encontro; eu prefiro dizer encontro a dizer divisÃO, entre dois lugares.
Lá no fim(início) do mundo tem um lugarzinho no meio do nada(tudo)que um pequeno(grande) barco que leva carros e almas de um estado a outro estado...
E se esse barco mudasse o estado de espírito também? Imagina só, como seria??? A vida seria uma alegria imensa... eu ficaria de um lado para o outro, mas apenas se esse lado fosse bom!!!
É, viver tem dessas coisas,mas eu quero, continuar cada vez mais e mais, a banalização dos valores humanos me empodrece por dentro, sinto dentro de mim, as viceras corroendo-me.
Queria encontrar palavras suficientes para explicar isso tudo que há; mas o que eu sinto esta longe de ser explicitado em linhas certas.
EU? eu prefiro as linhas tortas!
No mínimo; as linhas tortas impedem aos estúpidos que não sabem o que é viver que me sigam e me encontrem.
Eu quero mais é que se percam como eu me perdi; que se achem como eu me achei...
Fiz tudo isso, e mesmo perdido me encontraram...
Tudo isso foi feito só, somente só, por que você não descobre isso sozinho(a) também? Viver é muito simples, é só querer que seja simples, apenas Ele pode fazer isso.
Sinta o seu gosto, veja o teu gesto, olhe o reflexo do reflexo dos seus olhos que te olham no espelho, enfim, enfrente a vida. Sorria, com os olhos de uma criança.
É o que os grandes mestres da humanidade já diziam... que só se conseguem o reino dos céus através da pureza da infância. Mas, nós que achamos que somos adultos não temos tempo para sermos puro como crianças.
A poesia da minha vida está cada vez mais sutil...digamos que como um algodão doce que se cair água desmacha.
Ah! como é doce e sublime viver...
Não acha? Pois, eu tenho é mais que certeza!

quinta-feira, setembro 10, 2009

Maratona

São exatamente 6h23min da manhã... e algumas tentativas frustradas de sono.
A vontade de viver é imensa que o sono foge.
Sinto-me cheio de DEUS, de paz, como nunca estive antes...
Um padre disse uma vez que a paz de Deus era uma paz inquieta, mas meus olhos adâmicos não permitia discernir isso...
Hoje com os olhos do Cristo... sinto-me renovado.
Aprendi a enxergar beleza onde o homem de pouca fé não vê.
Aprendi que ser rico não significa ter bens materiais, mas ter amor no coração.
Aprendi que viver é semelhante pintar uma tela, as cores que usamos representam nossas escolhas, e o que não temos certeza se devemos ou não fazer usamos o rascunho...
A vida é uma obra de arte inacabada. Que é construída dia-a-dia.
Deus é tão perfeito que criou o começo de tudo em vários dias... Mas não nos damos conta pra ver o raiar de um novo dia no horizonte,muito menos o adormecer desse mesmo dia.
Todo dia um ciclo se fecha, seja para mim, seja para você.
Ciclos estão se fechando nesse exato momento.
O meu ciclo pequeno está se fechando para que um maior seja aberto...
DEUS é TUDO QUE EXISTE...
E ELE HABITA EM NÓS TAMBÉM.

quarta-feira, setembro 09, 2009

fase da expansão


Foto: Google imagens.

Uma vez me disseram que uma borboleta representava a alma humana...
Cheia de fases.
Hoje, com as experiências que vi e vivi tenho certeza que é a mais bela representação da divindade no ser humano.
É, é isso o que nós somos: Divindades em carne...
Mas isso não significa dizer que somos deuses. Há uma diferença, entre ser DEUS e ser DIVINO.
Todos nós somos divinos, mas só UM é DEUS.
Quanto à representação da alma pela borboleta, expliquemos a simbologia.
Nós temos fases de vida como a borboleta...
Às vezes queremos o casulo, outras vezes queremos as asas.
E ainda temos mais sorte que elas, pois ela só passam por essas fases uma vez.
Nós passamos por diversas.
Quando somos ameaçados, recolhemo-nos ao nosso casulo.
Quando estamos bem, nossas asas aparecem.
Mas uma coisa tem de ficar bem clara nessa história.
Nossa alma é representada pelas Borboletas, portanto, frágeis.
Não vós confundeis com pássaros...

terça-feira, setembro 08, 2009

...

Todo dia,
toda hora,
todo instante,
Assim, a cada
minuto
é a alegria que
em mim contagia...

Todo dia,
toda hora,
todo instante...
É o amor que
em mim
se faz constante.

Todo dia,
toda hora,
todo momento;
é assim a vida
que em mim
se faz presente.

07 de setembro de 2009

domingo, setembro 06, 2009

Alma

Tenho alma de poeta,
portanto,
inquieta.

Sinto

Viver de amor eu quero
Viver de dor não preciso
Viver, simplesmente viver
É o que sinto...

Saudade eu não tenho mais,
aliás, até tenho;
mas não é de mim.
Saudade eu sinto

Não sei de quê
Nem de quem...
Sinto como tudo
apenas sinto!

No mais, eu vivo
E isso é mais que
existir simplesmente.

Japoatã, 30 de agosto de 2009.

Joguinhos psicológicos IV

Ele: Ei...
Eu: Oi.
Ele: Vem cá.
Eu: Fazer o que ai?
Ele: Vem que eu te digo.
Eu: Diz o quê?
Ele: Você só saberá se vier. Vem.
Eu: Tô indo...
Ele: Chegue mais perto.
Eu: Pronto, agora diz.
Ele: Pra quê pressa?
Eu: Ah, eu tenho mais o que fazer...
Ele: Eu também tenho mais o que fazer, e uma das coisas que tenho que fazer é te fazer feliz...
Eu: Para que eu fico sem graça.
Ele: Mas eu gosto de você sem graça, meu menino.
Eu: Para, pooooooor favooooor...
Ele: Ah, não quer saber o que tenho a dizer?
Eu: Claro que quero, mas você me enrola...
Ele: Olhe no fundo dos meu olhos...
OLHARES SE FIXAM.
Eu: Pronto, olhei.
Ele: Amo você.
Eu: Assim eu fico sem jeito...

e sem jeito também é o amor, que inventa pequenas maneiras para provar que ele existe...

sábado, setembro 05, 2009

Diálogo com o ego

Eu: Oi,coisa chata.
Ego: Coisa chata é você que fica fazendo coisas só pra me massagear.
Eu: Eu faço porque sou impulsionado.
Ego: Você faz porque gosta.
Eu: Eu gosto de me sentir culpado?
Ego: É tão fraco que se sente culpado por massagear o ego...
Eu: Fraco é você, seu inútil, que precisa agradar os outros pra ficar bem, e além de tudo ainda precisa de mim pra que esse agrado seja feito.
Ego: Agora me diz uma coisa: quem é que se deixa levar por quem?
Eu: Você me impulsiona. Se eu não te agrado me sinto mal, se eu nao te agrado também me sinto mal.
Ego: Quem tem poder sobre quem?
Eu: Claro que sou eu quem tem dominio sobre você... afinal você pertence a mim e não eu a você...

Um dia essa briga se resolve (...)

sexta-feira, setembro 04, 2009

Esperando (...)


Sentei-me e fiquei a esperar.
Mas esperar o quê?
Não sei.
Apenas sei que esperava.
Por quem?
Ninguém, talvez.
Mas quando se espera se espera algo.
É?
Claro que é, mané!
Mas eu não sei quem nem porque eu espero.
E por que espera, então?
Sei lá.
Sei lá não é resposta.
Ah, não deixa esse jogo difícil.
Então?!
Eu espero porque eu existo. E a vida na mais é que a espera por um sucessão de fatos. Que eu não sei onde nem quando nem porque ocorrerão, sei apenas que está escrito que eles devem existir...
Não seria essa espera infundada?
Para você é? Para mim não... Espero, porque tenho certeza que toda espera um dia tem seu fim.
E se esse fim for a morte?
Ah, morro feliz, porque tenho certeza que na vida fui paciente.
Nossa!! Quanto conformismo!
Não acho. Enquanto eu espero as coisas acontecem.
E você vê a vida passar...
Não, eu passo pela vida na espera de um dia encontrar algo que eu não sei. E você, como passa pela vida? Questionando os meus porquês??? Triste, não?

Pureza


Tem coisa mais pura que ver a beleza refletida nos olhos de um inocente?
É disso que a humanidade carece. Ver a beleza pela pureza de uma criança...
As novas tecnologias, os sites de relacionamentos, a internet, tudo leva ao comodismo...
Elevadores, rampas/ escadas rolantes, tudo isso leva a crer que possuem qualidade de vida...
Engano, não?!
Enfim, eu prefiro a pureza, a curiosidade, a beleza nos olhos dos pequeninos.
Que são felizes mesmo sem possuirem um conceito de felicidade já pré fabricado.
Felizes os que são felizes sem saber que o são.
É isso que eu quero e preciso. Ser feliz sem saber!
A vida torna-se mais doce, os dias suaves, e as horas companheiras.
Quando se tem alegria em viver, não existe futuro...
Não existe passado.
só o instante me basta.
Por isso, já dizia Fernando Pessoa, para ser grande ser inteiro.
é dessa inteireza que o ser humano precisa.
SER TODO EM CADA COISA...
Outro dia experimentei observar uma brincadeira entre crianças: era um grupo misto de meninos e meninas...
todos tinham algum brinquedo.
Mas o que mais me impressionou foi a relação que eles tinham de empréstimo...
Uns brincavam com os brinquedos dos outros, mas isso não era esquecida a relação de posse para com o brinquedo de cada.
Na hora do adeus, todos sabiam o que lhe pertencia...
O Humano precisa mais do SER para se tornar HUMANO de verdade.
Ser Humano, eis o prazer de viver.

quinta-feira, setembro 03, 2009

Porta trecos


Todo mundo deveria ter uma caixa de recordações, pra guardar memmórias.
A minha já esta pronta.
Só aconselho uma coisa.
Não guardem caixas vazias, nem frascos de perfumes vazios...
Dá mais trabalho se livrar deles vazios que se eles estivesse cheios.
Frasco sem liquido é coisa sem vida.
e coisa sem vida, é coisa morta.
E o que está morto nem sempre nos serve,
fica apenas a memória.
Enfim, que lembranças boas sejam guardadas...
e apreciadas também.

quarta-feira, setembro 02, 2009

(...)meio perdido

Is fuck.
Em plena época da padronização.
Dos valores numéricos, não como fatores de operações numéricas.
Mas como fatores de série.
É número de identidade, cpf, titulo de eleitor, conta bancária, enfim.
Estou perdido.
Não tenho chip, e estou sem celular.
Uma das minhas células preferidas...
Três semanas é muito tempo para um ser que gosta de tecnologia.
Snif, snif, snif...

(...)


Não se precisa de muito quando se pode abraçar o mundo.
Ah, mas você dirá, não se pode abraçar o mundo sozinho.
Essa hora eu concordo com você em certo aspecto. Mas na minha visão crédula direi: Não mudo o mundo, mas mudo meu modo de viver no mundo.
Desta maneira um passo enorme, e não maior que as pernas foi dado.
De que adianta riquezas se eu não me sentir livre para dar uma volta no campo???
Nada, neah?!
Enfim, provei da liberdade.
E o sabor é suave e sutil, feito algodão doce.

terça-feira, setembro 01, 2009

Velocidade


Velocidade
Veloz cidade
Veloz é a cidade
Velocidade
Veloz cidade
Veloz é a cidade na qual as horas passam devagar.
Velocidade
Veloz cidade
Veloz é a cidade cujos dias nascem e dormem um de cada vez.
Velocidade
Veloz cidade
Veloz é a cidade onde os moradorem ainda dão Bom dia.
Velocidade
Veloz cidade
Veloz é a cidade onde se tem um tesouro perdido e ninguém ousa buscar.
Velocidade
Veloz cidade
Veloz é a cidade são felizes sem saber que são.
Velocidade
Veloz cidade
Veloz é a cidade
A cidade é veloz.

segunda-feira, agosto 31, 2009

Sobre olhares (...)

É que seus olhos são os mais doces que já vi. Disse Pedro.
Eu fiquei sem entender como explicar olhos doces? Não sabia, então resolvi questionar.
O que é doçura pra você?
Ele: Ah, lá vem você e suas perguntas difíceis.
Eu: Ah não, você que vem com suas descrições dificieis, eu apenas quero visualizar o que você disse dos meu olhos.
Ele: Você gosta de complicar demais.
Eu: Eu não...
Ele: Você sim, senhor.
Eu: E você tem os olhos mais lindos que eu já vi.
Ele: Lindos como?
Eu: Ué, lindos!
Ele: Lindos como?
Eu: Chegue mais perto...
Ele se aproxima...
Eu: Chegue mais...
Ele: Pronto, o que são olhos lindos pra você?
Eu: Seus olhos são lindos porque eu me enxergo neles...
Ele: Eu também me vejo nos seus!
Rola um beijo curto.
Ainda olhos nos olhos.
Eu: E pra você, o que são olhos doces?!

Agora que já sou...

Algumas pessoas passam a vida inteira procurando por respostas sem perguntas. E só conseguem essas respostas no fim dela, no leito da morte.
Graças sejam dadas que no meu caso não precisou o leito da morte.
Mas digamos que todas as minhas perguntas foram respondidas de uma só vez...
E o que era contraditório, incoerente em mim, agora se tornou coeso.
Sinto que minh'alma agora pertence ao corpo, e que parei de sentir saudade de mim mesmo.
Talvez a pior saudade que se pode ter...
Mas passado tudo.
Agora que já sei quem sou, e o que quero... eu não sei o que será da vida de agora em diante!
Apenas tenho certeza das coisas que não devo repetir.
Estes erros serão pequenas cicatrizes, iguais as da infância, que nos lembram das quedas que levamos para aprender andar de bicicleta.
Viver é parecido andar de bicicleta...
Depois que você aprende não esquece mais. Não é assim que diz a sabedoria popular?!
Então, agora que eu sei quem sou.
O que eu quero é o prazer do despertar de um novo dia!

domingo, agosto 30, 2009

Assim diz a lenda...


Em uma cidade pequena de um estado pequeno,mora uma senhora pequena, em uma casa pequena, de porta pequena, e cria uma égua também pequena.
No interior do seu pequeno lar, ela leva a vida sozinha.
Sozinha na sua pequenez, mas grande na sua imensidão de conviver.
Mora só numa casa pequena, mas cosegue dividir sua vida com boa parte da população do lugar pequeno onde mora.
Se tudo é pequeno no universo dessa pequenina.
Algo tem de ser grande.
Sua vida é grandiosa.
Seu coração é generoso.
Ela não se importa.
Durante o dia abraça, com os pequenos braços, o pequenino lugar...
Mas não espera a vida passar pela janela...
E de um coisa ela tem certeza: na sua casa florida ela é feliz.

sábado, agosto 29, 2009

Sobre a Simplicidade


Ser simples vai além de olhar o nascer do sol.
Ser simples vai além do dar bom dia.
Ser simples vai além do beijo.
Ser simples vai além do desejo.
Ser simples vai além do amamentar.
Ser simples vai além do ser humano.
Ser simples vai além do existir.
Ser simples vai além do ter bons amigos.
Ser simples é um estado d'alma.
Ser simples vai além da arrogância.
Ser simples vai além do egocêntrismo de se intitular simples.
Ser simples.
Simplesmente ser.
Simplicidade está em reparar o brilhar de olhos alheios.
É ter tempo para apreciar a criação divina.
E humana também.
Ser simples esta para alma, como ser confortável está para o corpo.
E entre ambos, escolho viver SIMPLES.

sexta-feira, agosto 28, 2009

cor ação = coração

O som do meu coração é música, e eu quero dançar a todo instante...
O tun-tun me faz balançar.
Mas não sei se devo começar...
Porque se não depois não quererei mais parar.
Minha vida é feita de traçadas linhas, e de música.
E eu quero apenas cantar a beleza.
Escrever a doçura.
E provar que não existe loucura.
Existe a embriagues.
Mas eu tenho preferido a lucidez dos céticos misturada com a paixão dos cristãos.
Porque na vida, eu só tenho um coração.

[...]

Sobre o narcisismo

Eu conheço um homem, um senhor já chegando na melhor idade (adoro, pra não dizer outra coisa, esses eufemismos empregnados pelo governo federal).
O nome dele é Narciso, mas o narcismo dele é estranho.
Nunca soube que ele tentou se matar brigando com o reflexo da sua imagem num lago.
Mas o que eu vejo, nos dias que ele trabalha na portaria do meu condomínio, é outra coisa.
É sinistro, velho. (Como diz a gíria)
Ele tem uma coisa que os outros porteiros não tem.
Seu Narciso, como é conhecido, é tão dele que tem autoridade de não chamar morador de senhor.
Passar na portaria, seja tarde ou seja dia, e receber o bom dia.
Não tem cristão, budista, ou até mesmo ateu, que não ganhe o dia.
Ah!
Ia esquecendo de falar da estranhice que seu Narciso tem.
Talvez seja o único, além do sindico, que sabe o nome de todos os moradores...
Mas ainda não é isso que o deixa estranho.
Ele tem uma mania, ele olha nos olhos.
O narcisimo dele não está em se bater num lago brigando consigo próprio, mas em se ver refletido nos olhos do outro.
Infelizmente, ainda tem gente que não aguenta.
Mas tenho certeza de uma coisa, na minha visão de crédulo lúcido, seu narciso é a simpatia personificada.

quinta-feira, agosto 27, 2009

Tudo passa (...)

Tudo passa, até passarmos...
Passamos boa parte da vida, porque dizer que passamos a vida inteira é exagero, ouvindo que tudo na vida passa.
Mas será que passa mesmo?
Eu, na minha nobre convicção de lúcido embevecido de vida, acho que passa.
E na sua convicção de curioso(A) vendo o que um pobre ser magrelo escreve, será que passa?
Nossas escolhas nos fazem, assim como nos fazemos nossas escolhas...
Ô doçura que é viver, mas a gente insiste em dizer que és amargura: Ó VIDA!!!
Ah, o ser humano, e seu pessimismo frustrado.
Taí, acho que descobri o mal da humanidade.
Tais curioso pra saber?!?!
Você já deve ter se pego, assim como eu já me peguei, progetando sua frustração na felicidade alheias.
Na maioria das vezes, as pessoas são felizes só não sabem que são...
Há espaço para todos, então para quê querer o que o outro quer?!?!?! (HUM, PERGUNTA DÍFICIL e cacofônica também)
Mas é, meu bem, viver tem disso...
Tudo passa, até que um dia você vai lá e passa também...

Amém???


quarta-feira, agosto 26, 2009

reticências

Para quê ponto final se existe reticências?
É, meu bem, a vida é assim mesmo.
De repente, será que é de repente mesmo (?),a gente cresce.
E junto do crescimento físico é necessário o amadurecimento espiritual.
Nem sempre esses dois andam juntos, mas para que a dicotomia da vida se solucione sem grandes traumas, o ideal seria que esses dois andassem juntos.
Assim, idade deveria ser proporcionalmente igual a maturidade.
Ilusão de um lúcido embevecido de entusiasmo (DEUS NO CENTRO)...
Mas enfim, as coisas acontecem em tempos diferentes para as pessoas.
Pessoalmente falando, acho que ando agindo coerentemente com os meus pensamentos (que não são poucos, nem pequenos)...
É, a vida é assim mesmo!

segunda-feira, agosto 24, 2009

Sobre a arte

Pois é, a crise vem para o bem...
Da última, descobri que tenho bons talentos artisticos!
Mas como me ensinaram uma vez, amo a arte dentro de mim, e não eu dentro da arte!

quarta-feira, julho 22, 2009

...

Sinto-me estranho esses dias.
Coisas que eu achava importante ,hoje já não acho mais.
Ando em um momento de introspecção intensa.
Pensando qual a minha missão neste planeta!!!
Ando cansado de futilidades.
Muitas coisas perderam o sentido para mim.
Quando achava que tudo estava se encaminhando, a vida vem e muda tudo de uma maneira que, nem sempre estamos preparados.
É a vida e suas lições...


P.S. precisava desabafar de alguma forma!

quarta-feira, julho 08, 2009

Capítulo Quinto - A carta

Lucas acorda sorrindo. Sorri ainda deitado. O que teria acontecido durante o sono? Nem ele mesmo sabe, pois esquecera de tudo que sonhou. Acontece de você querer lembrar do que sonhou e não conseguir, foi o que lhe aconteceu. Tentava lembrar, adulava a memória para que lhe trouxesse as lembranças do que sonhara, mas não conseguiu. Desiste.

Por entre os seus sorrisos tem uma idéia: escrever uma carta. Mas quem seria o destinatário? Lucas não tem amigos. Os poucos conhecidos com os quais se relaciona, ele não sabe endereço nem telefone, nem se têm parentes. Como escrever para alguém que não se sabe ao certo quem é? Foi nessa hora que ele teve um estalo: “Já sei.” Sua voz alta revela seu entusiasmo. “Já sei, vou escrever para mim.”

Procurou caneta e papel de carta, sim, pensou em escrever em uma folha de caderno, entretanto, a ocasião pedia algo especial. Para, morde a caneta, pensa no que escrever. Olha o papel com margens delimitadas com folhinhas de louro douradas e começa escrever:

“Olá, querido, Bom Dia...

Tenho reparado no quanto você tem se sentido sozinho, não vejo motivo para tal sofrimento. Olha, meu bem, eu sempre estarei aqui, em qualquer situação que passares jamais te abandonarei.

Sei que os dias tem se tornado martírio para ti, e as noites se transformado em sua fuga, para o mundo além da imaginação É bom. Não te faz bem? Então, segue...

Dizem que a vida nem sempre permite que nossas escolhas sejam realizadas. Por isso, querido, sonhe. Sonhe, mas com um único cuidado. Não sonhe apenas no mundo da imaginação, sonhe no mundo real também. Não acredite no que ouves, no mundo real tudo também é possível.

Busque realizar.

Realize, sonhe, mas sonhe acordado também.

Olha, terei de encerrar com minhas palavras por aqui, mas tenha certeza. Amo-te. Não só porque eu sou você e você sou eu. Mas amo pelo que és. Pelo que somos. E o que eu sou, o que você é? Somos seres em busca da outra parte que não seja nós mesmos. Enquanto não a encontra. Ame, ame a si mesmo, assim como eu te amo.

Abraços, Lucas.”

Lucas dobra o papel, fecha o envelope. Vai até a caixa de correspondências e a coloca. Volta para o quarto. Deita-se em sua cama. Fecha os olhos, adormece. Algumas horas depois ele desperta do repouso. Sorri. Volta à caixa de correspondências. Pega o envelope.

Começa a leitura da carta sentado à beira da cama. Neste instante uma lágrima fez-se notar. Pela primeira vez, lera aquelas sentimentalidades.

Alguém o amara? Sim, pelo menos sua essência o amava. Disso ele tinha certeza.

Capítulo quarto - O adoecer

Em meio às oscilações de temperatura, entre dias chuvosos e ensolarados Lucas adoece. Aconteceu o que ele mais temia: adoecer e não ter quem cuidar dele. Numa madrugada chuvosa, Lucas dorme tranquilamente. Por volta das quatro horas da manhã, os tremores causados pelo frio o desperta.
Por que não tinha alguém para cobrir-lhe enquanto dormia? Será que um dia alguém vigiaria seu sono? Esse era algumas das perguntas sem respostas concretas que Lucas insiste em querer saber. A queda da temperatura externa fizera a temperatura do corpo subir. Respiração compassada, ar quente saindo das narinas, indicavam que a febre estava num estágio mais elevado que se espera.
Como gostaria que alguém lhe mimasse. Mas a realidade era outra. Com dificuldade, devido a moleza corporal, levanta. Vai ao banheiro, olha-se no espelho, assusta-se com a face pálida e os olhos caídos. Ele reconhecera que não estava bem. Abre a torneira, ouve por um instante o barulho da água, faz das mãos unidas uma concha, enche-a com a água que corre, lava a face para despertar do sono. Na tentativa de melhorar o semblante dá umas tapinhas nas bochechas, que ficam coradas. Encara-se no espelho e sorri. Sorri para si, na tentativa de acreditar que tudo ficaria bem. Nisso ele não acreditava.
Sai do banheiro, vai para a cozinha. Enquanto prepara um chá, perde-se em devaneios:
“Não tinha experimentado antes a solidão. Mas dessa vez a solidão da qual falo não é a solidão de amor, mas a solidão no sentido literal da palavra. A fragilidade que a doença nos impõe atormenta. Agora o que eu mais necessito é de um colo. Percebo que está sozinho no mundo não é tarefa fácil. Será que isso são escolhas minhas? Não sei responder. Se forem, tenho de agüentar as conseqüências dos meus desígnios. Se não forem, teria eu como muda-las?”
Volta para o quarto com uma xícara na mão. Toma o chá. Põe a xícara no canto da cama. Deita. E, sem carinho, tenta dormir. Tenta.

Capítulo terceiro - O sonhar

Lucas chega em casa, põe um disco na eletrola. Seus pensamentos sobre a falta de um amor atormentam seu sono. Sempre quis ter alguém que lhe esperasse quando chegasse ao lar. Seria essa espera infundada? Ele prefere acreditar que não. Os dias que se passam na sua existência, são dias de espera. A espera, esta cruel companheira.

Apaga as luzes, o quarto fica na penumbra. Ouve-se apenas uma canção quase que monossilábica. Deitado em sua cama, a música soa como um cântico de ninar bebê. E, embalado pela melodia, seus olhos se fecham, em sua face os músculos relaxados dão a impressão de um êxtase de meditação.

Mexe-se para um lado mexe-se para outro, buscando o conforto. Deitado em posição fetal, Lucas adormece.

É um dia de verão. Lucas anda tranquilamente pela praia. Anda horas a fio, não há sinais de civilização perto do local. Segue andando à beira-mar, olhando por entre as ondas os contrastes existentes entre os vários tons de azul no oceano. Anda, anda, anda... em sua frente visualiza apenas a faixa de areia ralinha. Insistentemente, continua sua caminhada, não sabe aonde isso o levará, mas segue. Segue na esperança de que algo bom pode esperá-lo.

Há em seu intimo a sensação de que o tempo parece não mais existir. Quando ao longe vê algo. Ele segue ao encontro do que viu.

Um espaço mais ou menos do tamanho do seu quarto, feito de quatro colunas de madeira de mogno, as paredes são feitas de vidro, há apenas uma porta, em seu interior existem cortinas brancas de uma renda tão delicada que lembram véus. Seria aquilo um templo? Lucas não consegue identificar. Para por alguns instantes em frente à única porta existente. A arquitetura simples instigou sua curiosidade em conhecer o interior daquele local que jamais vira antes.

Entra, o chão é revestido por um tapete vermelho, e muitas almofadas de tecidos de cetim de cor branca, as cortinas alvas contrastam com o azul celestial. Olha, cuidadosamente, girando em torno de si, a falta de detalhes do local. Quem fizera aquilo? – pensa. Dessa pergunta ele não teria respostas.

Impulsionado pelo cansaço da longa caminhada, deita-se. Neste momento alguém entra. Senta-se ao lado da cabeça de Lucas, pega-a cuidadosamente e põe em seu colo. Acaricia cada pedacinho da face dele. Alisa os cabelos, fazendo cafuné. Lucas sente-se amado.

De súbito, Lucas tenta acariciar também a face do ser desconhecido que lhe dava carinho, não consegue, o ser esquiva-se, sem lhe mostrar suas expressões, ou algo que pudesse identificá-lo. Quem seria aquela figura mágica que surgira do nada, lhe dava carinho e não se mostrara? – esse pensamento atormentava. Ele não insiste.

O ser desconhecido tira a cabeça de Lucas do seu colo, ajeita confortavelmente como estava antes. Levanta-se e sai. Lucas tenta segui-lo com os olhos; não consegue, algo o repelia de olhá-lo.

No quarto, o som para de tocar, e movido pelo silêncio Lucas acorda. Em um gesto de reconhecimento do local onde estava, procura saber onde sua cabeça estava apoiada. Existia apenas o travesseiro.

Teria ele sido amado?

Em sonho, talvez.

Capítulo Segundo - A esperança

É uma noite chuvosa de outono. Após passar a tarde na rua, Lucas sacia sua solidão ouvindo o barulho da chuva bater em sua janela. Deu-se ao luxo de ir ao cinema sozinho. Acompanhado apenas de sua consciência. Esta é sua fiel companheira. Não apenas o acompanha nos dias de visita ao mar, mas nunca o abandonara. Com ela, ele sabia que poderia contar a hora que fosse. Afinal de contas, não há como fugir de si próprio.
Em seu refúgio, vive o prazer de ter consigo a esperança. Mas esperar para quê? Seria válida essa espera? Lucas não sabia responder. Ainda não sabe muita coisa sobre a espera. Mas insiste em querer aprender sobre o amor.
Queria saber se o amor acontecia naturalmente ou se ele se constrói. E se esse tal amor não existir? “Não, eu não suportaria viver uma vida sem amor, nele, ainda acredito. Apesar de ele insistir em não querer aparecer. Desta forma, chego a acreditar que o amor tem vontade própria. Mas será que ele tem vontade própria? Nossa! Agora fiquei em dúvida. As convenções sociais me levam a crer que ele, talvez, nem exista. Uma vez me disseram que este tal amor é uma convenção que a sociedade inventou para fazerem sexo, e completaram: não acredito no amor, acredito no sexo, o sexo é prático, não tem desgaste emocional, e no final de tudo você ainda goza.” – Pensa.
Lucas era sensível demais, jamais seu espírito idealista permitira acreditar que sexo vale mais que amor. Apesar de tê-lo feito algumas vezes. Sem amor, é óbvio. Mas por quê? A carência de afeto o levou a acreditar que era carência de sexo.
No seu quarto, enquanto a chuva cai, pensa na possibilidade de um dia compartilhar sua cama com alguém, e ter entre suas pernas algo que não fosse seu travesseiro. Mas, as pernas do ser que almeja ter.
“Onde estará?” – sua voz sussurrada revela seu pensamento.
Isso era o que ele mais quer, e precisa, descobrir. Talvez só assim ele aquietasse sua alma. A inquietude da espera o fazia triste. Poucos foram os que conseguiram ouvir sua voz. Ele dificilmente se revelava. Para quê, se não tinha a certeza de que estaria se expondo em excesso? Enfim.
Cansado de seus questionamentos, Lucas afasta a cortina, abre a janela, põe a cabeça para fora, e deixa que os pingos fortes da chuva molhem sua cabeça. Queria ele que a água pudesse purificar sua mente. Mais? Um ser que pensa em amor 24 horas por dia, querer ser mais puro que isso? Só na cabeça de um idealista isso seria possível. Na dele, seria possível, por isso fizera.
Ele molhava a cabeça, mas na verdade o que ele queria mesmo, era pular pela janela. Mas não, ele não teria coragem. Jamais causaria algum mal a si. Afinal, o que ele não queria era morrer sem ter amado, algo que não fosse o mar. “Não!” - gritou. Um grito do âmago. Um grito de socorro. Socorro para que alguém lhe tirasse da solidão de ter apenas o amor próprio. Isso é satisfatório, para alguns, para ele não. Sua necessidade vai além de uma admiração narcisista em frente ao espelho.
Debruçado na janela vê que da terra que a água molha a semente vira algo. Ele também era semente. Acreditava nisso. Não teria a coragem e ousadia de se lançar a terra e ser apenas mais uma semente infértil. Levanta. Olha a janela. Observa a chuva. Sente o cheiro da terra. Respira profundamente, como se fosse o sopro de vida criacional. Joga-se na cama e dorme. Dormir é fuga. Então, ele fugiu. De si? Não. Do amor, talvez.

Capítulo Primeiro - O despertar

No quarto, Lucas, despertou. A luz solar entrava pela brecha da janela que a cortina branca não conseguira cobrir. Com um raio de sol em sua face, abre, como se com o abrir dos olhos viesse o despertar, mas não um despertar qualquer, mas um despertar para a realidade. Com a claridade incômoda, de súbito, esconde os olhos com as mãos em concha.

Olha por entre os espaços formados pelos dedos entrelaçados para que se acostumasse com aquela invasão. Abre os olhos e fica por um tempo a admirar o forro de madeira do seu quarto. Observando os detalhes daquele cenário tão íntimo aos seus olhos ele levanta, espreguiça-se, elevando os braços o máximo que pode enquanto se equilibra na ponta dos pés. Queria acordar o corpo, para que mais um dia fosse vivido.

Esse era seu maior desafio: viver um dia de cada vez. Consegui-lo-ia? Essa pergunta não cabe apenas a Lucas, mas a todo coração pulsante e mente vivente nesse planeta que batizaram Terra. Mas como é que se vive um dia de cada vez? É essa dúvida que angustia Lucas:

“ Será que conseguirei viver o amanhã?”

Com a vida, ele aprendeu que não se espera pelo que não se tem nas mãos. Mas o que é que se tem nas mãos? A única coisa que se tem nas mãos é o instante, o agora. Desta forma, a angústia de Lucas aumenta. Ele não tem nem certeza se viverá o dia de hoje totalmente.

As reflexões matinais de um jovem solitário, sãos as reflexões de um ser que espera, que conta cada segundo para que chegue o momento de se sentir amado. Mas ele não tinha amor? Não tinha, ele tem, tem apenas o amor próprio. Mas, este não é suficiente, não para ele, chega uma hora que o corpo, a mente, o coração; precisa movimentar-se, pensar, bater por alguém que não seja apenas nós mesmos. Não há egoísmo que supere essa necessidade humana que é o relacionamento.

Com os braços ainda elevados, Lucas olha mais uma vez para o teto, entretanto, desta vez era o céu que ele visualizava. Agradecia, ele não sabe a quem, mas faz desse agradecimento matinal, a cada despertar, um exercício de fé. Esta fé ele jamais nomeou, mas acreditava que este agradecer era uma forma de estar bem consigo. Será que esse agradecimento seria a ele próprio? Talvez, todo ser humano se acha um pouco deus. Isto lhe fazia bem, é o que importa. Agradecia, a cada despertar da aurora, pelo dia que passou e pelo dia que estava por vir.

Solta os braços bruscamente fazendo do barulho do choque, entre mãos e corpo, o sinal de alerta que o dia deveria começar. Abre as cortinas, e a claridade irradia, apreciava sentir o calorzinho do sol às manhãs.

Rituais feitos, falta o que mais lhe agrada: os encontros com o mar nas manhãs ensolaradas. A aparente infinitude do oceano remete a alguém, que ele ainda não o conhece, mas que sabe da existência e do quanto especial será.

Lucas faz do mar extensão do ser amado. Ele sabe que é capaz de perder-se na beleza e na imensidão das águas marinhas, mas já que nesta vida ele só tem o instante, e não tem certeza se o próximo instante existirá, ele faz versos, versos em frente ao mar.

Pode até parecer desperdício, desperdício de amor, de vida. Mas a felicidade de alguns, às vezes, está na espera.

Enquanto o amor não vem, desperto, ele ama o mar. E o céu também.

terça-feira, julho 07, 2009

Arco-iris em dias de sol (opinião pessoal)

Os homossexuais foram perseguidos, presos, massacrados pelo nazismo, Igrejas afirmam ser uma das formas do demônio manifestar sua presença e ameaça, a homossexualidade era doença com tratamento psiquiátrico. Apenas em 17 de maio de 1990 o termo homossexualismo, referente à anomalia, deixou de existir sendo substituído pelo termo homossexualidade. Desde então, muito se tem discutido a respeito do tema. As políticas públicas e sociais voltadas para esse grupo têm crescido a cada ano que passa, não apenas em âmbito mundial e nacional, em Aracaju a comunidade GLBTT (Gays, Lésbicas, Bissexuais, Transexuais e Transgêneros) tem se destacado e se mostrado.

Fim de tarde de domingo, no bairro Luzia, localizado em área de classe média da capital sergipana. O celular de Pedro toca, do outro lado da linha é Renato, seu parceiro, pedindo que faça o jantar. Pedro prepara um jantar tipicamente sergipano: cuscuz, carne assada e café. Vinte minutos após o telefonema a campanhia soa. Renato é recebido com um selinho nos lábios. Após um rápido banho os dois sentam-se à mesa para a refeição. Essa é parte da rotina de dois funcionários públicos que decidiram dividir suas vidas morando juntos.

Renato é médico da Prefeitura Municipal de Aracaju, o que o deixa sossegado, pois com a aprovação do Projeto de Lei 04/07, que alterou a lei complementar nº. 50 de dezembro de 2001 no regime da Previdência Social de Aracaju, o companheiro ou companheira homossexual passou a ter direito à pensão em caso de morte do funcionário da PMA.

Depois da refeição decidem dar uma volta pela cidade, o destino escolhido é a Orla de Atalaia, a Região dos Lagos é um dos locais preferidos do par, onde costumam andar de mãos dadas. Tinham medo dessa atitude, mas atualmente as autoridades locais estão reagindo ao preconceito e criando leis para coibir os crimes de natureza homofóbica. Na capital sergipana o vereador Elber Batalha criou um projeto de lei que criminaliza a homofobia. Ações como essas fazem a comunidade gay sair da sombra, da margem da sociedade.

Sergipe já conta com leis que favorecem o grupo, uma delas é a lei 3.461/2007, projeto da vereadora Rosangela que pediu a inserção do Dia Municipal contra a Homofobia, celebrado em 17 de maio. A data é uma lembrança da retirada da homossexualidade da Classificação Internacional de Doenças. Outra existente é a lei nº. 3.324 de 30 de dezembro de 2005, na qual é reconhecida a Utilidade Pública da Associação de Defesa Homossexual de Sergipe (ADHONS). Sem esquecer de falar que a Parada Gay; principal movimento político do grupo, no qual a comunidade GLBTT sai às ruas em busca de seus direitos e reconhecimento, contam com a participação de políticos e da sociedade civil; já está incluída, através de uma lei criada pelo vereador Chico Buchinho, no calendário cultural da cidade de Aracaju. No evento, uma enorme bandeira com as cores do arco-íris é levada por militantes, o arco-íris é o símbolo do grupo e da diversidade.

A maioria dos gays não tem despesas fixas, como filhos, por exemplo, o que lhes garante uma boa estabilidade financeira. Visando essa estabilidade, muitos ambientes voltados para o grupo têm sido abertos, a cidade contava apenas com um bar (Alquimia Music Bar) e uma boate (Clone Mix), mas recentemente mais um bar (Tribus) foi inaugurado. Festas alternativas também existem na capital Sergipana, só no mês de maio foram produzidos dois eventos: O Forró Clone Mix e o Forrorejo. Apesar de esses ambientes servirem de socialização de afins, a esperança é que eles deixem de existir, pois com tantos avanços e com o apoio político não será necessário limitar o que é território homossexual e o que é território heterossexual. Em um futuro próximo a sociedade se acostumará a ver duas pessoas do mesmo sexo de mãos dadas. Verás, leitor.

O arco-íris não necessitará da dispersão de luz solar em gotículas de água para aparecer. Ele tem se mostrado, mesmo em dias sem nuvens e ensolarados. Estamos prestes a reviver a época da mitologia grega, onde o amor; fosse ele entre dois homens, duas mulheres ou entre um homem e uma mulher; era aceitável, tanto no plano humano quanto no plano dos deuses.

segunda-feira, maio 04, 2009

sábado, abril 18, 2009

A bicha Fecha!! texto de Descrição de Tipo

A bicha é uma figura que já faz parte do imaginário das pessoas. Pode-se dizer que é um ser folclórico, suas atitudes são passadas boca a boca. Mas, poucos conhecem as subespécies desse ser não muito raro, nem tão recente, na sociedade.
Bicha pão com ovo – ela passa a semana trabalhando no caixa do supermercado para no final de semana se jogar na boate gay. Como não tem carro, não tem dinheiro para pagar o táxi e é uma fiel usuária do transporte público municipal, a bicha pão com ovo vai pra boate de ônibus mesmo; é a primeira a chegar, já que o ultimo transporte coletivo passa antes da meia-noite; e a última a sair, já que espera o primeiro ônibus do dia por volta das quatro e meia da matina. Ela não se importa de ficar no ponto, enquanto as colegas ricas passam de carro alegres e serelepes. O importante é closar!
Bicha boba da corte – adora mulher rica, é a conselheira sexual e emocional das amigas. Ensina truques de como fazer sexo oral, sexo anal, entre outras peripécias. É ótima vigilante de bofe alheio. Sempre que vê o homem da amiga perua liga o mais rápido possível: “Coleeeeeeeeega, eu vi seu homem com fulaninha...”. Mas sua maior habilidade, além de tirar boas risadas das madames, é o colunismo social, como ela diz: “ Não sou fofoqueira, eu divulgo o boato, colega.”
Bicha brother – ela tem uma namorada , seus amigos são heterossexuais, joga futebol. Jamais ela será vista em uma boate gay. Ela é viciada em Internet, tem dois MSN’s e dois perfis no orkut: um social e um só para meninos. Desfila de mão dadas com a namoradinha, enquanto que com a mão livre mostra o órgão genital pra o brother. Ela curte no escondidinho.
Bicha intelectual - são grandes aspirantes a professoras universitárias. Se a amiga liga chamando pra ir à boate, rejeita o convite sem pestanejar alegando que tem de terminar a resenha do livro de Leonardo Boff que o professor do mestrado em educação pela universidade federal de não sei onde pediu. Ela não se importa de ser chamada de intelectual reclusa. A busca pelo conhecimento científico é uma das desculpas por não ter namorado nos últimos cinco anos.
Bicha esotérica – sabe todos os signos do zodíaco decorado, quer saber se seu signo combina com o signo da criatura amada? Pode perguntar a ela. Tem sempre um incenso aceso no seu quarto, está sempre ligada ao divino. Ouvi mantras, faz yoga, curso de Reik, shiatsu, do-in, reflexologia, massoterapia, estuda hinduísmo, e tudo que lhe aproxime do divino. Alega está sempre sozinha pelo fato de estar em busca da transcendência, desculpa para seu encalhamento.
Bicha crente – seu maior sonho é ser Pastora. Fica horas seguidas lendo a Bíblia tentando encontrar resquícios de que Jeová não condena a homossexualidade. A cada decepção amorosa entra em crise e diz que vai se dedicar à igreja e deixar a vida mundana. Tentativa frustrada, a bicha crente gosta mesmo é de fazer um oralzinho no filho gatinho do pastor da Igreja, apesar de, depois do ato orar a Deus e pedir perdão pelo pecado cometido. Não tem certeza se vai conseguir ir para o paraíso prometido por Jeová, na dúvida, goza dos prazeres da Terra, mas não deixa de orar para garantir sua vaga no céu.
Bicha truqueira – é melhor tomar cuidado com ela. A filha da mãe é esperta. Sempre que entra no aperto, que fica sem grana, inventa alguma coisa: faz rifa de um chaveirinho da loja de 1,99 só para garantir a piedade alheia. É bom não lhe emprestar dinheiro, que ela é capaz de inventar no dia do pagamento do empréstimo que foi assaltada quando estava chegando ao banco. Ela oferece carona para amiga ir ao teatro com ela, alegando que já tem os ingressos, quando na verdade ela sabe que sua amiga é amiga da produtora, e ainda faz teatrinho e dos bons: “Eita, amiga, acho que perdi os ingressos.” Quando na verdade, ela nunca os teve. Truques não lhe faltam.
Bicha depressiva - Augusto Cury agradeça seu sucesso a ela. Quando vai para uma livraria vai direto pra seção de auto-ajuda. Reserva 10% do salário, quando tem a sorte de ser rica, para as seções de psicanálise. Já tentou de tudo, de terapia junguiana aos florais de Bach, mas nada soluciona sua enorme vontade de morrer. Como tem tendências suicidas, sonha com um suicido cinematográfico, daqueles em que se morre, de preferência no banheiro,dopada com vários remédios tarja-preta.
Diferenças à parte, é possível encontrá-las em algum lugar, reunidas, formando o universo das bichas, discutindo os sonhos que têm em comum: como a busca do bofe perfeito, de preferência gringo, os nomes dos filhos que querem adotar, e sem sombra de dúvidas o tamanho do membro do bofe que aspiram ter. No mais, elas são felizes, pelo menos tentam.
P.S. Texto produzido para Lígua Portuguesa III.
:D

domingo, abril 12, 2009

O que há?

Dos nossos braços fizemos um laço.
Beijos, acendemos o desejo.
O corpo que a mão toca nela se enrosca;
No pêlo que arrepia,
exposta se torna a alegria.
Da boca que seca, o beijo que sacia.
A pele arrepia pela mão que toca.
A voz que sussura palavras de magia
transforma-se
num gemido de doce agonia.
O proibido que atrai,
do tabu se desfaz.
Amor este que não ouso nomeá-lo.
O que há no amor entre iguais?
Só quem o conhece pode dizer:
Que não está no corpo o amor pelo ser.

terça-feira, abril 07, 2009

Sobre o sono

Viver é real.
Dormir é deculpa para não viver.
Sonhar é desculpa para não fazer.
Dormir é fuga.
Sonhar é não viver, mas viver de ilusão.
E entre, fugir, dormir e me iludir, escolho viver e fazer, de preferência bem acordado!

quinta-feira, março 05, 2009

20

É, a cada novo aniversário tenho a certeza de que estou crescendo.
A maturidade parece chegar.
Mas nesses 20 anos, um questionamento me veio: se eu não sou mais adolescente,nem também sou um adulto, o que sou?
Não encotrei respostas satisfatórias para essas minhas perguntas, talvez no dercorrer da idade, encontre a solução.
No entanto, se não encontrá-las, estou de braços abertos para o que a vida me trouxer.
As adversidades, nós aprendemos a desviar, se não pudermos tirá-las do nosso caminho. As experiências, usufruo o máximo do aprendizado que elas me trazem.
20 anos.
2 décadas.
Por enquanto, ainda conto os meus aniversários por anos.
Mas, talvez, um dia preferirei contá-los por décadas.
Enfim, senhora vida, abre os braços para mim.

domingo, fevereiro 01, 2009

Sobre a Terra Natal

De todos os dias que vivi.
De todas as alegrias que sorri.
Nunca imaginei outra vez gostar de ti.
Dos sonhos que sonhei.
Dos amores que chorei.
Das vitórias que conquistei,
Em nenhuma delas quis pertencer a ti.
Dos dias que longe passei,
jamais imaginei gostar tanto de ti.
Das raízes que aqui plantei,
Dos amigos que aqui conquistei,
São os mais verdadeiros que encontrei.
E sobre não gostar de ti, hoje, eu nem sei...

sábado, janeiro 24, 2009

Enfim

A roda da vida nos leva a crer que nunca somos os mesmos. É humana a transformação.
Mudamos de hábitos, nos adequamos. Enfim.
Nos últimos dias percebo que algo em mim parece se firmar: o gosto pelas coisas simples. A serenidade mantém-se constante em meu âmago.
Acredito que minha personalidade esteja se definindo de verdade.
Enfim.
Posso afirmar com toda convicção que a calmaria fez de morada meu coração.






terça-feira, janeiro 20, 2009

Ó Sol


Vai, ó Sol, outro lugar iluminar.
Que aqui, a lua também precisa brilhar.

Devaneio

Não tenho medo da solidão de amores.
A solidão que me amedronta é a solidão de amigos.
Amores vêm e vão, amigos não.
Não quero a sorte dos poetas, de fazer arte com a dor.
Quero a alegria do palhaço, que com seu nariz e seus sapatos, faz graça da desgraça.
Viver,às vezes é meio chato.
Mas,entre viver a renovação da aurora e descançar em paz no silêncio da morte, ainda prefiro o raiar de um novo dia.

sexta-feira, janeiro 16, 2009

Porque sorrir faz bem...


Ele estava ali.
Nada tirava sua concentração. Ele apenas sorria. Olhava fixamente. Não sei dizer ao certo o que era.
Ele permanecia ali.
Sorria, apenas sorria, sorria de si, de sua vida, dos seus sonhos.
Mas não era um sorriso de deboche, sorria de alegria.
Entusiasmo.
Ele era feliz. Disso ele sabia. Por isso sorria!