quarta-feira, setembro 23, 2009

CAPS - Japoatã - Sergipe

Nada acontece consoco por mero acaso.
Com meu probleminha, aprendi que meus problemas são mínimos se comparado aos de outras pessoas, ontem na oficina com a terapeuta ocupacional andei conversando com algumas usuárias do CAPS.
Conversando duas delas achei muito enriquecedora a troca de experiências de vida. Hoje só tenho a agradecer a Deus, ao Universo, a meus familiares pela estrutura mental que graças ao Pai eu tenho.
As meninas tem história de vida diferentes, mas ambas se cruzam num detalhe: problemas mentais.
Hoje começo a entender, vendo de perto, o que é a psiquiatria, o que é a psicologia.
Uma delas perdeu o filho num acidente: duas crianças brincavam com uma espingarda carregada, o fatal aconteceu: o filho dessa senhora de nome Valdice, faleceu. Depois disso a vida dela jamais voltou ao normal: usa das drogas, as mais fortes para controlar o nervosismo, uma coisa que ela me disse que achei interessante é que apesar de a chamarem de "doida, caduca", ela me disse que tinha em seu coração um paz mais que muita gente.
Ouvindo isso lembrei de uma conversa que tive com minha amiga Catarina, na qual falávamos que a paz de Deus é uma paz inquieta.
Outra menina de Neopólis de nome Aparecida, mas conhecida como "Cidinha doida" disse que queria morrer por causa da família dela.
Preocupada com as bases familiar: problemas com álcool, segundo as palavras dela: " eu ja vi muita miséria em casa. Tem como válvula de escape: sair pelas ruas de sua cidade com um bolsa a tira-colo sendo taxada de doida.
Cada um sabe do seu teto.

Tenho crescido muito com isso tudo. Acredito que a maturidade psicológica e espiritual tem chegado com grande força.

P.s. to saindo pra dar uma oficina de artes em uma escola pública...

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