quarta-feira, julho 22, 2009

...

Sinto-me estranho esses dias.
Coisas que eu achava importante ,hoje já não acho mais.
Ando em um momento de introspecção intensa.
Pensando qual a minha missão neste planeta!!!
Ando cansado de futilidades.
Muitas coisas perderam o sentido para mim.
Quando achava que tudo estava se encaminhando, a vida vem e muda tudo de uma maneira que, nem sempre estamos preparados.
É a vida e suas lições...


P.S. precisava desabafar de alguma forma!

quarta-feira, julho 08, 2009

Capítulo Quinto - A carta

Lucas acorda sorrindo. Sorri ainda deitado. O que teria acontecido durante o sono? Nem ele mesmo sabe, pois esquecera de tudo que sonhou. Acontece de você querer lembrar do que sonhou e não conseguir, foi o que lhe aconteceu. Tentava lembrar, adulava a memória para que lhe trouxesse as lembranças do que sonhara, mas não conseguiu. Desiste.

Por entre os seus sorrisos tem uma idéia: escrever uma carta. Mas quem seria o destinatário? Lucas não tem amigos. Os poucos conhecidos com os quais se relaciona, ele não sabe endereço nem telefone, nem se têm parentes. Como escrever para alguém que não se sabe ao certo quem é? Foi nessa hora que ele teve um estalo: “Já sei.” Sua voz alta revela seu entusiasmo. “Já sei, vou escrever para mim.”

Procurou caneta e papel de carta, sim, pensou em escrever em uma folha de caderno, entretanto, a ocasião pedia algo especial. Para, morde a caneta, pensa no que escrever. Olha o papel com margens delimitadas com folhinhas de louro douradas e começa escrever:

“Olá, querido, Bom Dia...

Tenho reparado no quanto você tem se sentido sozinho, não vejo motivo para tal sofrimento. Olha, meu bem, eu sempre estarei aqui, em qualquer situação que passares jamais te abandonarei.

Sei que os dias tem se tornado martírio para ti, e as noites se transformado em sua fuga, para o mundo além da imaginação É bom. Não te faz bem? Então, segue...

Dizem que a vida nem sempre permite que nossas escolhas sejam realizadas. Por isso, querido, sonhe. Sonhe, mas com um único cuidado. Não sonhe apenas no mundo da imaginação, sonhe no mundo real também. Não acredite no que ouves, no mundo real tudo também é possível.

Busque realizar.

Realize, sonhe, mas sonhe acordado também.

Olha, terei de encerrar com minhas palavras por aqui, mas tenha certeza. Amo-te. Não só porque eu sou você e você sou eu. Mas amo pelo que és. Pelo que somos. E o que eu sou, o que você é? Somos seres em busca da outra parte que não seja nós mesmos. Enquanto não a encontra. Ame, ame a si mesmo, assim como eu te amo.

Abraços, Lucas.”

Lucas dobra o papel, fecha o envelope. Vai até a caixa de correspondências e a coloca. Volta para o quarto. Deita-se em sua cama. Fecha os olhos, adormece. Algumas horas depois ele desperta do repouso. Sorri. Volta à caixa de correspondências. Pega o envelope.

Começa a leitura da carta sentado à beira da cama. Neste instante uma lágrima fez-se notar. Pela primeira vez, lera aquelas sentimentalidades.

Alguém o amara? Sim, pelo menos sua essência o amava. Disso ele tinha certeza.

Capítulo quarto - O adoecer

Em meio às oscilações de temperatura, entre dias chuvosos e ensolarados Lucas adoece. Aconteceu o que ele mais temia: adoecer e não ter quem cuidar dele. Numa madrugada chuvosa, Lucas dorme tranquilamente. Por volta das quatro horas da manhã, os tremores causados pelo frio o desperta.
Por que não tinha alguém para cobrir-lhe enquanto dormia? Será que um dia alguém vigiaria seu sono? Esse era algumas das perguntas sem respostas concretas que Lucas insiste em querer saber. A queda da temperatura externa fizera a temperatura do corpo subir. Respiração compassada, ar quente saindo das narinas, indicavam que a febre estava num estágio mais elevado que se espera.
Como gostaria que alguém lhe mimasse. Mas a realidade era outra. Com dificuldade, devido a moleza corporal, levanta. Vai ao banheiro, olha-se no espelho, assusta-se com a face pálida e os olhos caídos. Ele reconhecera que não estava bem. Abre a torneira, ouve por um instante o barulho da água, faz das mãos unidas uma concha, enche-a com a água que corre, lava a face para despertar do sono. Na tentativa de melhorar o semblante dá umas tapinhas nas bochechas, que ficam coradas. Encara-se no espelho e sorri. Sorri para si, na tentativa de acreditar que tudo ficaria bem. Nisso ele não acreditava.
Sai do banheiro, vai para a cozinha. Enquanto prepara um chá, perde-se em devaneios:
“Não tinha experimentado antes a solidão. Mas dessa vez a solidão da qual falo não é a solidão de amor, mas a solidão no sentido literal da palavra. A fragilidade que a doença nos impõe atormenta. Agora o que eu mais necessito é de um colo. Percebo que está sozinho no mundo não é tarefa fácil. Será que isso são escolhas minhas? Não sei responder. Se forem, tenho de agüentar as conseqüências dos meus desígnios. Se não forem, teria eu como muda-las?”
Volta para o quarto com uma xícara na mão. Toma o chá. Põe a xícara no canto da cama. Deita. E, sem carinho, tenta dormir. Tenta.

Capítulo terceiro - O sonhar

Lucas chega em casa, põe um disco na eletrola. Seus pensamentos sobre a falta de um amor atormentam seu sono. Sempre quis ter alguém que lhe esperasse quando chegasse ao lar. Seria essa espera infundada? Ele prefere acreditar que não. Os dias que se passam na sua existência, são dias de espera. A espera, esta cruel companheira.

Apaga as luzes, o quarto fica na penumbra. Ouve-se apenas uma canção quase que monossilábica. Deitado em sua cama, a música soa como um cântico de ninar bebê. E, embalado pela melodia, seus olhos se fecham, em sua face os músculos relaxados dão a impressão de um êxtase de meditação.

Mexe-se para um lado mexe-se para outro, buscando o conforto. Deitado em posição fetal, Lucas adormece.

É um dia de verão. Lucas anda tranquilamente pela praia. Anda horas a fio, não há sinais de civilização perto do local. Segue andando à beira-mar, olhando por entre as ondas os contrastes existentes entre os vários tons de azul no oceano. Anda, anda, anda... em sua frente visualiza apenas a faixa de areia ralinha. Insistentemente, continua sua caminhada, não sabe aonde isso o levará, mas segue. Segue na esperança de que algo bom pode esperá-lo.

Há em seu intimo a sensação de que o tempo parece não mais existir. Quando ao longe vê algo. Ele segue ao encontro do que viu.

Um espaço mais ou menos do tamanho do seu quarto, feito de quatro colunas de madeira de mogno, as paredes são feitas de vidro, há apenas uma porta, em seu interior existem cortinas brancas de uma renda tão delicada que lembram véus. Seria aquilo um templo? Lucas não consegue identificar. Para por alguns instantes em frente à única porta existente. A arquitetura simples instigou sua curiosidade em conhecer o interior daquele local que jamais vira antes.

Entra, o chão é revestido por um tapete vermelho, e muitas almofadas de tecidos de cetim de cor branca, as cortinas alvas contrastam com o azul celestial. Olha, cuidadosamente, girando em torno de si, a falta de detalhes do local. Quem fizera aquilo? – pensa. Dessa pergunta ele não teria respostas.

Impulsionado pelo cansaço da longa caminhada, deita-se. Neste momento alguém entra. Senta-se ao lado da cabeça de Lucas, pega-a cuidadosamente e põe em seu colo. Acaricia cada pedacinho da face dele. Alisa os cabelos, fazendo cafuné. Lucas sente-se amado.

De súbito, Lucas tenta acariciar também a face do ser desconhecido que lhe dava carinho, não consegue, o ser esquiva-se, sem lhe mostrar suas expressões, ou algo que pudesse identificá-lo. Quem seria aquela figura mágica que surgira do nada, lhe dava carinho e não se mostrara? – esse pensamento atormentava. Ele não insiste.

O ser desconhecido tira a cabeça de Lucas do seu colo, ajeita confortavelmente como estava antes. Levanta-se e sai. Lucas tenta segui-lo com os olhos; não consegue, algo o repelia de olhá-lo.

No quarto, o som para de tocar, e movido pelo silêncio Lucas acorda. Em um gesto de reconhecimento do local onde estava, procura saber onde sua cabeça estava apoiada. Existia apenas o travesseiro.

Teria ele sido amado?

Em sonho, talvez.

Capítulo Segundo - A esperança

É uma noite chuvosa de outono. Após passar a tarde na rua, Lucas sacia sua solidão ouvindo o barulho da chuva bater em sua janela. Deu-se ao luxo de ir ao cinema sozinho. Acompanhado apenas de sua consciência. Esta é sua fiel companheira. Não apenas o acompanha nos dias de visita ao mar, mas nunca o abandonara. Com ela, ele sabia que poderia contar a hora que fosse. Afinal de contas, não há como fugir de si próprio.
Em seu refúgio, vive o prazer de ter consigo a esperança. Mas esperar para quê? Seria válida essa espera? Lucas não sabia responder. Ainda não sabe muita coisa sobre a espera. Mas insiste em querer aprender sobre o amor.
Queria saber se o amor acontecia naturalmente ou se ele se constrói. E se esse tal amor não existir? “Não, eu não suportaria viver uma vida sem amor, nele, ainda acredito. Apesar de ele insistir em não querer aparecer. Desta forma, chego a acreditar que o amor tem vontade própria. Mas será que ele tem vontade própria? Nossa! Agora fiquei em dúvida. As convenções sociais me levam a crer que ele, talvez, nem exista. Uma vez me disseram que este tal amor é uma convenção que a sociedade inventou para fazerem sexo, e completaram: não acredito no amor, acredito no sexo, o sexo é prático, não tem desgaste emocional, e no final de tudo você ainda goza.” – Pensa.
Lucas era sensível demais, jamais seu espírito idealista permitira acreditar que sexo vale mais que amor. Apesar de tê-lo feito algumas vezes. Sem amor, é óbvio. Mas por quê? A carência de afeto o levou a acreditar que era carência de sexo.
No seu quarto, enquanto a chuva cai, pensa na possibilidade de um dia compartilhar sua cama com alguém, e ter entre suas pernas algo que não fosse seu travesseiro. Mas, as pernas do ser que almeja ter.
“Onde estará?” – sua voz sussurrada revela seu pensamento.
Isso era o que ele mais quer, e precisa, descobrir. Talvez só assim ele aquietasse sua alma. A inquietude da espera o fazia triste. Poucos foram os que conseguiram ouvir sua voz. Ele dificilmente se revelava. Para quê, se não tinha a certeza de que estaria se expondo em excesso? Enfim.
Cansado de seus questionamentos, Lucas afasta a cortina, abre a janela, põe a cabeça para fora, e deixa que os pingos fortes da chuva molhem sua cabeça. Queria ele que a água pudesse purificar sua mente. Mais? Um ser que pensa em amor 24 horas por dia, querer ser mais puro que isso? Só na cabeça de um idealista isso seria possível. Na dele, seria possível, por isso fizera.
Ele molhava a cabeça, mas na verdade o que ele queria mesmo, era pular pela janela. Mas não, ele não teria coragem. Jamais causaria algum mal a si. Afinal, o que ele não queria era morrer sem ter amado, algo que não fosse o mar. “Não!” - gritou. Um grito do âmago. Um grito de socorro. Socorro para que alguém lhe tirasse da solidão de ter apenas o amor próprio. Isso é satisfatório, para alguns, para ele não. Sua necessidade vai além de uma admiração narcisista em frente ao espelho.
Debruçado na janela vê que da terra que a água molha a semente vira algo. Ele também era semente. Acreditava nisso. Não teria a coragem e ousadia de se lançar a terra e ser apenas mais uma semente infértil. Levanta. Olha a janela. Observa a chuva. Sente o cheiro da terra. Respira profundamente, como se fosse o sopro de vida criacional. Joga-se na cama e dorme. Dormir é fuga. Então, ele fugiu. De si? Não. Do amor, talvez.

Capítulo Primeiro - O despertar

No quarto, Lucas, despertou. A luz solar entrava pela brecha da janela que a cortina branca não conseguira cobrir. Com um raio de sol em sua face, abre, como se com o abrir dos olhos viesse o despertar, mas não um despertar qualquer, mas um despertar para a realidade. Com a claridade incômoda, de súbito, esconde os olhos com as mãos em concha.

Olha por entre os espaços formados pelos dedos entrelaçados para que se acostumasse com aquela invasão. Abre os olhos e fica por um tempo a admirar o forro de madeira do seu quarto. Observando os detalhes daquele cenário tão íntimo aos seus olhos ele levanta, espreguiça-se, elevando os braços o máximo que pode enquanto se equilibra na ponta dos pés. Queria acordar o corpo, para que mais um dia fosse vivido.

Esse era seu maior desafio: viver um dia de cada vez. Consegui-lo-ia? Essa pergunta não cabe apenas a Lucas, mas a todo coração pulsante e mente vivente nesse planeta que batizaram Terra. Mas como é que se vive um dia de cada vez? É essa dúvida que angustia Lucas:

“ Será que conseguirei viver o amanhã?”

Com a vida, ele aprendeu que não se espera pelo que não se tem nas mãos. Mas o que é que se tem nas mãos? A única coisa que se tem nas mãos é o instante, o agora. Desta forma, a angústia de Lucas aumenta. Ele não tem nem certeza se viverá o dia de hoje totalmente.

As reflexões matinais de um jovem solitário, sãos as reflexões de um ser que espera, que conta cada segundo para que chegue o momento de se sentir amado. Mas ele não tinha amor? Não tinha, ele tem, tem apenas o amor próprio. Mas, este não é suficiente, não para ele, chega uma hora que o corpo, a mente, o coração; precisa movimentar-se, pensar, bater por alguém que não seja apenas nós mesmos. Não há egoísmo que supere essa necessidade humana que é o relacionamento.

Com os braços ainda elevados, Lucas olha mais uma vez para o teto, entretanto, desta vez era o céu que ele visualizava. Agradecia, ele não sabe a quem, mas faz desse agradecimento matinal, a cada despertar, um exercício de fé. Esta fé ele jamais nomeou, mas acreditava que este agradecer era uma forma de estar bem consigo. Será que esse agradecimento seria a ele próprio? Talvez, todo ser humano se acha um pouco deus. Isto lhe fazia bem, é o que importa. Agradecia, a cada despertar da aurora, pelo dia que passou e pelo dia que estava por vir.

Solta os braços bruscamente fazendo do barulho do choque, entre mãos e corpo, o sinal de alerta que o dia deveria começar. Abre as cortinas, e a claridade irradia, apreciava sentir o calorzinho do sol às manhãs.

Rituais feitos, falta o que mais lhe agrada: os encontros com o mar nas manhãs ensolaradas. A aparente infinitude do oceano remete a alguém, que ele ainda não o conhece, mas que sabe da existência e do quanto especial será.

Lucas faz do mar extensão do ser amado. Ele sabe que é capaz de perder-se na beleza e na imensidão das águas marinhas, mas já que nesta vida ele só tem o instante, e não tem certeza se o próximo instante existirá, ele faz versos, versos em frente ao mar.

Pode até parecer desperdício, desperdício de amor, de vida. Mas a felicidade de alguns, às vezes, está na espera.

Enquanto o amor não vem, desperto, ele ama o mar. E o céu também.

terça-feira, julho 07, 2009

Arco-iris em dias de sol (opinião pessoal)

Os homossexuais foram perseguidos, presos, massacrados pelo nazismo, Igrejas afirmam ser uma das formas do demônio manifestar sua presença e ameaça, a homossexualidade era doença com tratamento psiquiátrico. Apenas em 17 de maio de 1990 o termo homossexualismo, referente à anomalia, deixou de existir sendo substituído pelo termo homossexualidade. Desde então, muito se tem discutido a respeito do tema. As políticas públicas e sociais voltadas para esse grupo têm crescido a cada ano que passa, não apenas em âmbito mundial e nacional, em Aracaju a comunidade GLBTT (Gays, Lésbicas, Bissexuais, Transexuais e Transgêneros) tem se destacado e se mostrado.

Fim de tarde de domingo, no bairro Luzia, localizado em área de classe média da capital sergipana. O celular de Pedro toca, do outro lado da linha é Renato, seu parceiro, pedindo que faça o jantar. Pedro prepara um jantar tipicamente sergipano: cuscuz, carne assada e café. Vinte minutos após o telefonema a campanhia soa. Renato é recebido com um selinho nos lábios. Após um rápido banho os dois sentam-se à mesa para a refeição. Essa é parte da rotina de dois funcionários públicos que decidiram dividir suas vidas morando juntos.

Renato é médico da Prefeitura Municipal de Aracaju, o que o deixa sossegado, pois com a aprovação do Projeto de Lei 04/07, que alterou a lei complementar nº. 50 de dezembro de 2001 no regime da Previdência Social de Aracaju, o companheiro ou companheira homossexual passou a ter direito à pensão em caso de morte do funcionário da PMA.

Depois da refeição decidem dar uma volta pela cidade, o destino escolhido é a Orla de Atalaia, a Região dos Lagos é um dos locais preferidos do par, onde costumam andar de mãos dadas. Tinham medo dessa atitude, mas atualmente as autoridades locais estão reagindo ao preconceito e criando leis para coibir os crimes de natureza homofóbica. Na capital sergipana o vereador Elber Batalha criou um projeto de lei que criminaliza a homofobia. Ações como essas fazem a comunidade gay sair da sombra, da margem da sociedade.

Sergipe já conta com leis que favorecem o grupo, uma delas é a lei 3.461/2007, projeto da vereadora Rosangela que pediu a inserção do Dia Municipal contra a Homofobia, celebrado em 17 de maio. A data é uma lembrança da retirada da homossexualidade da Classificação Internacional de Doenças. Outra existente é a lei nº. 3.324 de 30 de dezembro de 2005, na qual é reconhecida a Utilidade Pública da Associação de Defesa Homossexual de Sergipe (ADHONS). Sem esquecer de falar que a Parada Gay; principal movimento político do grupo, no qual a comunidade GLBTT sai às ruas em busca de seus direitos e reconhecimento, contam com a participação de políticos e da sociedade civil; já está incluída, através de uma lei criada pelo vereador Chico Buchinho, no calendário cultural da cidade de Aracaju. No evento, uma enorme bandeira com as cores do arco-íris é levada por militantes, o arco-íris é o símbolo do grupo e da diversidade.

A maioria dos gays não tem despesas fixas, como filhos, por exemplo, o que lhes garante uma boa estabilidade financeira. Visando essa estabilidade, muitos ambientes voltados para o grupo têm sido abertos, a cidade contava apenas com um bar (Alquimia Music Bar) e uma boate (Clone Mix), mas recentemente mais um bar (Tribus) foi inaugurado. Festas alternativas também existem na capital Sergipana, só no mês de maio foram produzidos dois eventos: O Forró Clone Mix e o Forrorejo. Apesar de esses ambientes servirem de socialização de afins, a esperança é que eles deixem de existir, pois com tantos avanços e com o apoio político não será necessário limitar o que é território homossexual e o que é território heterossexual. Em um futuro próximo a sociedade se acostumará a ver duas pessoas do mesmo sexo de mãos dadas. Verás, leitor.

O arco-íris não necessitará da dispersão de luz solar em gotículas de água para aparecer. Ele tem se mostrado, mesmo em dias sem nuvens e ensolarados. Estamos prestes a reviver a época da mitologia grega, onde o amor; fosse ele entre dois homens, duas mulheres ou entre um homem e uma mulher; era aceitável, tanto no plano humano quanto no plano dos deuses.