domingo, novembro 30, 2008

Sobre os arquétipos

Talvez você não se importe, mas eu me importo.
Andei pensando esses dias sobre o valor que uma simples gravata dá a você.
Não tinha imaginado o status que você ganha até usar uma.
Fico triste com isso. Até parece que dentro do corpo que é vestido pela roupa, pois não é ele quem a veste; não existe uma essência independente daquilo.
Ah... Os valores humanos.
Por isso acredito em uma teoria: só no sexo as pessoas são quem são.
Pois estão livres de arquétipos, armaduras, ou classe social.
O único lugar onde todos são iguais é a cama!
Eu acredito nisso!

terça-feira, novembro 18, 2008

Alegria.
Tristeza.
Amor.
Ódio.
Paz.
Guerra.
Dor.
Prazer.
Branco.
Negro.
Dar.
Receber.
Perdoar.
Ser perdoado.
Lágrimas.
Sorrisos.
Vida.
Morte.
Nascer.
Renascer.
Grande.
Pequeno.
Rapidez.
Lentidão.
Negação.
Afirmação.
Claro.
Escuro.
Força.
Fraqueza.

De tudo isso esqueço...
Em frente ao mar...Desapareço!!!

domingo, novembro 16, 2008

Ah!!! o Mar e o Céu...


Havia nele uma necessidade constante de ver o Mar e o Céu.
Fazia questão de visitá-los no mínimo uma vez ao mês, não sei, se por paixão a eles, ou se por eles remeterem a alguém.
Acredito que a segunda opção seja a mais provável...
Não se importava de fazer isso sozinho. O êxtase era incomum.
Ficava ali, a admirar, os vários tons azuis, contrastando com a areia fina iluminada pela luz do sol.
Perdia-se por entre os seus devaneios à beira-mar: sonhava ali com o amor.
Ah... O Amor, este cruel, que ousa em não entrar.
Idealista convicto, fazia do Mar e do Céu prosa e poesia.
Questionava o por quê de duas coisas tão distintas se completarem tão bem.
Mas de uma coisa ele tinha certeza:a imensidão contida em ambos o atraia.
Fazia deles seu reflexo.
Quem ousa explorá-los, sem cuidado, é capaz de perder-se.
Assim era também com ele.
Infinito na sua finitude, como o Mar e o Céu.
Ah... O Mar e O Céu!!!

sexta-feira, novembro 14, 2008

Questão de gosto...

...eu sei que não se discute. Mas, essa preciso compartilhar!
Estava eu vindo pra Japoatã, pego aquele velho busão.
No ônibus, procuro o primeiro assento que encontro. Ajeito-me, e tento descançar.
Impossível. De repente começo prestar atenção na conversa do casal que sentavam na poltrona atrás da minha:
A mulher diz: " Aff, esses homi toca umas músicas doida, né?"
Tocava Zé Ramalho, o som nem tava tão ruim.
Mas como o som coletivo desagradou a jovem senhora de gosto duvidoso que sentava atrás de mim, ela resolve seu problema.
Não são os incomodados que se mudão? No caso dela, muda a música.
Algo do tipo: ARROCHA, sabe? Aquela aberração da musicalidade brasileira, conhece? Não? Nao perde nada.
Pronto, foi o fim, uma poluição sonora absurda.
Como não podia escolher entre ouvir Zé Ramalho (era menos pior) e aquela música onde os interpretes cantam com o quadril, optei por tentar dormir...
É cada coisa que me aparece.

terça-feira, novembro 11, 2008

Eu quero é paz





Sabe quando você acha que as coisas não estão no lugar certo?
Que o mundo se encontra de ponta cabeça?
Então.
Nessa hora a gente inverte o papel.
Por que não desafiar a gravidade?
Viver é isso!`
Ultrapassar limites, vencer barreiras, destruir obstáculos.
E acima de qualquer coisa.
Auto-conhecimento.
Vamos, Criatura! Aventure-se, corra o risco que a vida é isso.

sábado, novembro 08, 2008

Mestre

Ela estava ali, quieta, fazia a leitura de algo em uma concentração quase que meditacional. Ficava ao centro, na frente, sozinha, absorta em seu mundo.
Ali, rodeada de óculos pendentes da platéia acadêmica, exercia o seu ofício. Ensinava, não apenas para preencher o cabedal de seus pupilos, mas também dava lições de vida.
O sinal da sua presença, não física, pois estava ali, mas sua presença mental, eram as rugas que apareciam na testa vez ou outra, não sei precisar ao certo, se de espanto ou de admiração pelo que lia.
Porém ela não imaginava o quanto aquelas expressões faciais causavam medo em seus pupilos. O seu olhar imponente por entre os óculos postos na ponta da narina amedrontava aqueles que não a conheciam. Tinha um jeito singular de ajeitar as madeixas, passando os dedos pelas mechas frontais passando pelo centro da cabeça, dando um leve balançar, como se coçasse, na nuca.
Essa sua altivez dividia a turma em dois polos: os que a amavam e os que a odiavam.
Fazia o tipo que jamais conseguiria a unanimidade.
Apesar disso tudo, parecia faltar algo na essência dessa criatura. Tão doce, tão amarga. Representava uma verdadeira oscilação de emoções.
Seria a falta de um amor? Ou seria a presença de um amor não correspondido.
Não sei, a única coisa que posso informar é que ela fazia do lecionar sua vida. Não sei se por prazer, ou se por carência.
E assim vivia, entre o silêncio dos olhares aprendizes e as vozes dos amigos mestres.