sábado, julho 19, 2008


Estava tenso, era a primeira vez que dormira com um homem. Dormir no sentido verdadeiro da palavra, fechar os olhos e entrar em repouso do lado de alguém, aliás, era a primeira vez que dormira com alguém, já que com mulheres nunca dormira também.
Passavam muitas coisas pela sua cabeça, não sei explicar o que se passava, mas seus tabús quebravam-se ali...
Depois de alguns meses de namoro, Breno resolve convidar Pedro para dormir na casa dele, seus pais viajavam nesse dia, a casa estava livre para o amor deles.
Mas a ausência dos seus pais não atiçou desejos lascivos, ao contrário, desejos castos se manifestaram de tal forma, que queriam apenas dormir.
Pedro sai de casa, avisa que dormiria na casa de um amigo da faculdade, essa desculpa sempre funciona.
Enquanto isso, Breno preparava tudo para os dois. Fez brigadeiro de panela, do jeito que o amado gosta, preparou tudo, comprou Margaridas e colocou sobre o criado mudo. Estava ansioso, nunca dormira com o seu Pedrinho. Essa era "a oportunidade".
Tudo pronto, desculpa dadas aos pais, Pedro sai de casa ao encontro do seu princípe.

Chega à casa de Breno, toca a campanhia, e espera, com um sorriso nos lábios, que a porta seja aberta. Breno, abre a porta, e não pensa duas vezes, agarra seu amado, e o arrasta para dentro de casa, como em passo de dança coreografado, pé ante pé, sobem as escadas que dá acesso ao quarto agarrados.
Abrem a porta do quarto juntos. A cama estava arrumada de um jeito todo especial, forrada com lençóis brancos, travesseiros, trazia à tona desejos puros, castos de ambos.
Abraçaram-se de forma afetuosa, se deitaram, e olhando para o teto, conversavam sobre o futuro.

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