segunda-feira, abril 21, 2008

Mistério


“-Uma vez eu vi um espírito no meu quarto, me assustei.”
“-Você tem certeza que viu mesmo?”
“-Claro, eu não sou louco não.”
“-Sei lá, não acredito muito nessas coisas.”
“-Ei.”
“-Oi.”
Silêncio absoluto. Ouve-se uma respiração.
“-Esse papo me deixou com medo.”
Em meio a esse diálogo adormeço no quarto do meu primo. É um dia de férias, e antes de dormir conversamos no quarto dele. Mas essa conversa se diferencia das outras, não me recordo de como chegamos ao assunto. Sabe aquela história de que um assunto leva a outro? Deve ter sido assim.
A casa está em silêncio e o quarto escuro. Minha tia dorme tranquilamente no quarto vizinho. Ouve-se o ronco dela. Eu também durmo, mas não no quarto de hóspedes. No quarto do meu primo.
De repente, com uma coisa estranha no ouvido, saio do estado de repouso. É a língua do meu primo que analisa cada centímetro do meu órgão auditivo, sua respiração está ofegante, meu corpo se arrepia aos poucos enquanto tenho alguns espasmos. E ele continua sua exploração pelo meu rosto, beijando suavemente cada parte, passa pelos olhos, pelo nariz, chegando às maçãs do rosto, onde dá uma leve mordiscada acompanhada de uma lambida, tenta alcançar minha boca. Não consegue. Fujo discretamente virando o rosto num gesto esnobe.
Não consegue meus lábios, procura descobrir aonde poderá chegar. Desce devagar até alcançar meu pescoço, provando o meu gosto, doce vampiro. A cada conquista, a lascívia aumenta. Ao mesmo tempo em que resisto, permito ser o objeto da pesquisa dele. Continua a sua descida, levanta a parte superior do meu corpo, tira minha camisa, me joga novamente na cama e prende meus braços acima da cabeça, encosta seus lábios em meu mamilo e passa suavemente sua língua em movimentos circulares. Sinto um frenesi, como se fosse arrebatado de prazer.
Num movimento rápido ele sobe e tenta alcançar minha boca, fujo mais uma vez, ele não insiste.
Frustrado, continua sua busca de onde parou. Desce pela barriga, encontra o umbigo me fazendo delirar. Tento explicar com palavras as sensações do corpo, mas não consigo. Agarro sua cabeça bruscamente e o afasto da minha barriga, com minha voz embargada peço para ele parar. Peço, mas no fundo quero que continue.
E, como se lesse meus pensamentos, ele continua a explorar minha barriga com sua língua, dando um verdadeiro banho de gato. Com medo de minha reprovação decide não explorar mais além. Sobe aos poucos, num movimento inverso, reexplorando cada parte já conquistada . Em sua escalada chega novamente à minha face.
Sinto sua respiração forte em meu rosto, temo, pois nunca aconteceu algo parecido antes ; e como se pede licença encosta seus lábios nos meus e coloca lentamente sua língua em minha boca, e se entrega, como se entrega a vida e a alma;feito uma criança inocente que suga o peito materno, num beijo intenso. O beijo começa lentamente, tímido, enquanto suas mãos buscam meu nervo rijo embaixo do short.
Brinca com meu músculo em movimentos verticais, depois de algum tempo meu líquido é expelido acompanhado de um gemido.
Dois meninos na escuridão e o mistério do prazer.
P.S. Segundo texto para universidade

3 comentários:

Anônimo disse...

Assim eu naum sei Zeh como é que não vi nenhum comentário por aqui =/
MAS MEREÇEEEEE UM SIMMMMMMMMMMMMMM
UM NAUM VARIOS!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Pense que esse texto ta f%$#@!!!!
Ta escrevendo bem hein neguinho?!
Vê se escreve mais principalmente a
continuação de Amelie viu kkkkkkkk

=*

ಌ Debbynha ಌ disse...

Esse texto fez todos prenderem a respiração... você sempre s supera =]

;**

s2

Arcano Maior disse...

Muito bom. Captando a quintessência da escrita, que é a capacidade de ilustrar além do que os olhos vêem, indo aonde só o coração sente. Sua redação é ótima, e suas idéias magníficas. Continue escrevendo. Faz bem à humanidade.