sábado, maio 24, 2008

Amelie III

Amelie ficou três dias e três noites desacordada.
Durante esse tempo ela fez uma viagem sob comando do seu (in)consciente, algumas imagens confusas se formaram em sua mente:
Um dia de sábado, sua mãe sai de casa e a deixa acompanhada do padrasto alcolátra.
Amelie não sabia o que o destino reservava para ela, uma jovem menina de doze anos, muito jovem, nem peitinho tinha direito.
Amelie brincava com Rebeca(sua boneca de pano) em seu quarto, quando de repente aquele homem asqueroso, entra com seu cheiro de pinga barata, e a toma em seus braços e joga na cama,
invande o seu sexo sem nenhum pudor, os lençóis da sua cama são lavados pelo sangue puro de uma menina virginal. Amelie chorava compulsivamente, tentando conter as lágrimas com as mãos postas feito duas conchas.
Quando sua mãe chegou Amelie estava no canto do quarto agachada, com os joelhos dobrados e as mãos prendendo-os, sua mãe ficou confusa. Perguntou o que tinha acontecido, Amelie apenas mostrou os lençóis sujos.
Num gesto desesperado, sua mãe vai à cozinha, pega a peixeira, e num golpe único, rompe o fio da vida do desgraçado do marido que dormia no chão da sala.
Desde então Amelie, passou a não sorrir, as pessoas ao seu redor nao lhe causavam interesse.
Vivi a par do mundo.
O tempo foi passando e Amelie crescendo, porém sentia nojo de homens.
Com a morte da mãe, teve câncer no colo do últero, aos 40 anos, Amelie passou a morar numa cubículo alugado, paga as contas com a pensão que o pai biológico deixou.
Ela queria encontrar um jeito de se vingar, a única forma que achou foi seduzí-los e nunca levá-los para a cama.
Usa adornos lascivos, mas nunca se deita com ninguém.
Com uns pingos caindo na testa ferida, Amelie disperta, levanta, põe a mão por um instante na cabeça dolorida.
Vai em direção à parede ajeita o retrato da mãe e do pai, vai ao banheiro, toma seu banho,
joga sobre si seu vestido de tafetá, e ...



Um comentário:

ಌ Debbynha ಌ disse...

Que triste...
Amelie realmente nao tve a vida facil...

;**

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