quarta-feira, outubro 29, 2008

Carta ao medo

Oi medo,
Por incrível que possa parecer, resolvi escrever pra ti.
Mas por que será?
Então, digamos que cansei de ser incomodado por você.
É, muito inconveniente sua presença. Chega sem avisar, sem ser esperado.
Aff, Isso cansa sabia? Ah, não sabia? Pois fique sabendo agora.
Cansei de palpitações em hora indesejadas, suor frio, respiração ofegante.
Insegurança.
Tudo isso é culpa sua, pode ter certeza. Não quero isso para mim, não quero mesmo, e nem pense em me perturbar que não estou nem um pouco disposto a aceitar seus insultos. Ora bolas, se toca cara! Não to a fim, será que é tão difícil entender isso?
Creio que não seja.
Quase sempre você me importuna:
Quando vou deitar e apago a luz, você faz questão de dizer: Oi, tô por aqui...
Sim, quem te convidou mesmo? Eu não fui.
Se vou fazer prova e não estudei tanto, lá está você.
Apresentar seminário? Nem se fala, te vejo em cada olhar dos espectadores.
Paquerar? Essa é a pior hora que você aparece.
Seu FI-LHA-DA-PU-TA. Não ja te falei pra se tocar?
É, mas venhamos e convenhamos, que às vezes tu me livras de algumas situações não muito boas...
Mas são excessões do seu excesso.
Ah.
Você faz questão de me deixar inseguro:
Na hora de ser aceito, na hora de conversar, na hora de encontrar emprego...
Cara, se toca, por favor.
Não quero nem preciso de você perto de mim.
Acredito que não necessites de despedidas, eu nao teria coragem de te abraçar.
É, agora sinta na pele o seu próprio veneno.
Para terminar só te peço uma coisa:

Durma, medo meu!Durma, medo meu!

Um comentário:

D. disse...

O medo anda me perseguindo ultimamente. =X
Saudades de você, Zé!!
Beijos